A história da ‘Madre Teresa’ de Honduras

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O trabalho em favor das crianças que a Irmã Maria Rosa Leggol deixou como um precioso legado em Honduras agora vive novamente no filme With This Light (Com Esta Luz), que foi exibido na última segunda-feira (04) no Vaticano, organizado pela Embaixada de Honduras e a edição espanhola de L’Osservatore Romano.

Um empreendimento feminino completo

O primeiro orfanato fundado pela irmã Maria Rosa foi em 1964, dois anos depois foi lançada a organização sem fins lucrativos Sociedad Amigos de los Niños (SAN). A partir dessas primeiras experiências, mais de 500 casas seriam estabelecidas em toda a América Latina. Com uma abordagem holística que impactou positivamente na vida dessas crianças, incluindo a criação de empregos para seus parentes e comunidades com uma grande variedade de programas empresariais e educacionais que eram visionários na época, as atividades da Irmã Maria Rosa também promoveram o cuidado da saúde para essas pessoas vulneráveis.

Uma mulher que não permitiu que ditaduras, golpes de Estado militares ou desastres ambientais interrompessem seus projetos. Depois de oferecer inúmeras oportunidades para as crianças pequenas, Ir. Maria Rosa faleceu aos 93 anos de idade em outubro de 2020, infectada pela Covid-19.

Maradiaga: incentivo à causa de beatificação

O Cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga de Tegucigalpa – presente na apresentação do filme – está recolhendo testemunhos na esperança de poder prosseguir com a causa de beatificação da Irmã. Ele encorajou todos os que têm testemunhos a se apresentarem. A co-diretora do filme Nicole Bernardi-Reis relata a missão da irmã cuja fé moveu montanhas:

Não apenas cuidado das pessoas, mas dignidade

“Ela realizou tantos projetos em setenta anos de serviço que tentamos fazer uma lista completa e não conseguimos”, explica a co-diretora do filme. A própria irmã ficou órfã aos seis anos de idade e desde então, quando criança, ela decidiu que faria lares para crianças órfãs. “Ela sentia que as pessoas precisavam não só ser cuidadas, mas também ter dignidade”, continua, contando que a Irmã também fundou um abrigo para crianças que sofriam de AIDS. Ela criou, em 2001, uma escola feminina realmente inovadora para algumas das mulheres mais pobres de Honduras, ensinando o princípio da igualdade de oportunidades para as mulheres. Em 2019, aos 91 anos de idade, ela ainda estava criando empregos. Pensava constantemente sobre quais eram as necessidades das pessoas e as providenciava para elas. Ao fazer este filme – assinala Nicole Bernardi-Reis – eu realmente me apaixonei por ela e pelo povo de Honduras. Conhecemos as pessoas do país e muitos se envolveram no projeto, e isso foi fundamental para fazer o filme-documentário”.

Fonte: Vatican News

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