Bem-aventurado Ricardo de Sant’Ana

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Sacerdote e mártir no Japão, da Primeira Ordem (1585-1622). Beatificado por Pio IX no dia 7 de julho de 1867.

Ricardo de Santa Ana nasceu em Ham-sur-Heure, na Bélgica, em 1585. A seu nome de batismo acrescentou o nome de Santa Ana, pois, por intercessão da santa, muito venerada nos países do Norte da Europa, havia sido curado de ferimentos graves quando era criança e foi atacado por um lobo. Durante vários anos, ele exerceu o ofício de alfaiate em Bruxelas. Em 1604, a morte trágica de um jovem conterrâneo determinou uma crise religiosa e levou a abandonar sua profissão para entrar na Ordem dos Frades Menores no convento de Nivellesi, onde a 22 de abril de 1605, fez sua profissão solene.

Ele foi enviado por seus superiores a Roma para realizar alguns negócios. Lá ele conheceu João dos Pobres, que tinha como uma de suas principais atividades encontrar homens generosos para enviar como missionários para o Japão. Ricardo concordou e com o consentimento de seus superiores pôde partir para as terras de missão.

O primeiro passo foi viajar para o México; de lá, em 1611 desembarcou nas Filipinas, onde os superiores o enviaram para estudar filosofia e teologia. Em 1613 foi ordenado sacerdote e, no mesmo ano, pôde viajar para o Japão. No ano seguinte, as autoridades japonesas começaram a perseguir os cristãos. Entre as medidas adotadas uma foi a expulsão de missionários estrangeiros. Ricardo foi capaz de retornar ao Japão, disfarçado de comerciante. Desenvolveu uma atividade incansável entre os cristãos oprimidos pela perseguição violenta e em meio a perigos constantes. Em 1621, um dominicano informou que as autoridades tinham evidência da sua atividade religiosa, severamente proibida pelas leis, e aconselhou-o a buscar proteção.

Como um bom pastor não quis fugir do perigo e foi descoberto quando atendia confissão na casa da viúva Lucia Freitas. Primeiro foi trancado na prisão sob escolta pesada em Nagasaki. Ele passou a noite antes do martírio preso numa gaiola sob uma forte chuva. Na manhã de 22 de setembro foi amarrado a um poste, na colina de Nagasaki e queimado vivo. Ele tinha 37 anos. Com ele morreram outros 21, queimados vivos, 30 decapitados.

Fonte: Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

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