Religioso da Primeira Ordem (1400-1490). Clemente XI aprovou seu culto.
Embora natural da Dalmácia, razão pela qual às vezes é denominado também de “o Eslavo” ou “o Ilíríco”, o Beato Tiago passou a maior parte de sua existência na costa oposta do Adriático onde se tornou irmão leigo dos Frades Menores da Observância, em Bitetto, pequena cidade situada a nove milhas de Bari.
Alcançou grande santidade através de uma vida de humildade e de abnegação de si mesmo e de contemplação. Deus o favoreceu com o espírito de profecia, segundo o depoimento de um de seus confrades no processo de beatificação. Em diversas ocasiões foi visto elevado acima do chão, absorto em oração.
Durante alguns anos trabalhou como cozinheiro em outra casa da Ordem, em Conversano. A vista do fogo da cozinha levava-o, às vezes, a contemplar as chamas do inferno, e em outras ocasiões a alçar-se até o mais alto dos céus e deter-se no fogo devorador do amor eterno.
Muitas vezes caía em êxtase, enquanto executava o seu trabalho, e permanecia imóvel e absorto em Deus. Posteriormente foi transferido de volta a Bitetto, onde terminou o curso de sua vida. Muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. No jardim do convento de Bitetto havia um pé de junípero plantado por ele e cujos frutos, afirmava-se, possuíam propriedades curativas. Tiago foi beatificado pelo Papa Inocêncio XII.
As informações sobre Tiago de Bitetto estão contidas em Acta Sanctorum, abril, vol. III
Fonte: Província Franciscana