A Eucaristia na mística franciscana – Parte 01

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“Pasme o homem todo, estremeça a terra inteira, rejubile o céu em altas vozes quando, sobre o altar, estiver nas mãos do sacerdote o Cristo, Filho de Deus vivo! Ó grandeza maravilhosa, ó admirável condescendência! Ó humildade sublime, ó humilde sublimidade! O Senhor do universo, Deus e Filho de Deus, se humilha a ponto de se esconder, para nosso bem, na modesta aparência de pão … Nada de vós retenhais para vós mesmos, para que totalmente vos receba quem totalmente se vos dá” (Carta de São Francisco à Ordem).

Eucaristia é banquete, festa comunitária. Sinal visível da presença de Jesus e sinal de pertença à comunidade. “Quando falo da Eucaristia como Corpo do Senhor, penso no Corpo do Senhor que o pão e o vinho consagrados representam. A saber, são o sinal presente da comunhão viva e total do Cristo com o humano, desde a Encarnação até hoje e sempre. Sacramento do Senhor que não exclui ninguém, mas que se entrega para comungar com todos, e assim com todos formar um só Corpo. Por isso, podemos dizer que a Eucaristia, por ser sacramento da comunhão existente entre Cristo e nós, ela é o próprio Corpo de Cristo do qual nós somos membros”, afirma Frei José Ariovaldo.

A grande devoção do Santo de Assis pela Eucaristia perpassa a vida e missão de seus seguidores, como Santa Clara, Santo Antônio e Pascoal Bailão, como destacamos neste Especial. A Legenda de Santa Clara conta vários milagres realizados por ela, mas entre os milagres que realizou, o mais famoso é o milagre ocorrido em 1240. Numa sexta-feira, Santa Clara afugentou alguns soldados sarracenos que invadiram o claustro do convento de São Damião mostrando-lhes a Hóstia Santa.

“Se olho para o Ostensório parece-me ver as maravilhas de Deus operadas em Santo Antônio; se olho para o andor do Santo, parece-me ver as maravilhas de Deus operadas no mistério Eucarístico”, recorda Frei Clarêncio Neotti as palavras de Padre Antônio Vieira sobre o santo paduano. O milagre eucarístico de Santo Antônio revela toda devoção do santo com Jesus Eucarístico.

Já o franciscano Pascoal Bailão se destaca por seus escritos e seu profundo amor à Eucaristia. Ele é conhecido como o “Teólogo da Eucaristia” e foi promulgado patrono das devoções eucarísticas dos congressos eucarísticos internacionais. O Papa Leão XIII afirmou: “Dotado de natureza por um delicado cuidado às coisas celestiais, depois de haver passado santamente a juventude cuidando do rebanho, abraçou uma vida mais severa na Ordem dos Frades Menores e mereceu, por suas meditações sobre o convite eucarístico, adquirir a ciência relativa a ela, até o momento em que aquele homem, desprovido de noções e aptidões literárias, foi capaz de responder às perguntas sobre as mais difíceis questões da fé e até escrever livros piedosos. Pública e abertamente professou a verdade da Eucaristia entre os hereges, e por eles teve que passar por graves provas”.

A piedade eucarística de São Francisco

O ensinamento mais límpido e mais persuasivo a respeito da eucaristia encontra-se na piedade de São Francisco. Colocava em prática todos os dias aquilo que proporia como palavra e escrito. Podemos dizer que seu ensinamento não era fruto de elaborações teóricas, mas provinha de profunda convicção Interior e da experiência cotidiana. Encontramos, com efeito, plena correspondência entre palavras e aspectos doutrinais acima mencionados e as atitudes concretas testemunhadas pelos discípulos. Nisto se fundamenta uma peculiaridade do espírito de São Francisco transmitida a seus filhos, como aparecerá na tradição franciscana: fazer com que a palavra seja acompanhada do testemunho de vida, ensinar também com o exemplo.

Tomás de Celano apresenta um sugestivo retrato da piedade do santo em todos os aspectos: “Ardia com fervor que vinha do mais profundo de seu ser para com o sacramento do corpo do Senhor, pois ficava literalmente estupefato diante de tão amável condescendência e de tão digna caridade. Achava que era um desprezo multo grande não assistir pelo menos a uma missa cada dia, se pudesse. Comungava multas vezes, e com tamanha devoção que tomava devotos também os outros. Como tinha toda reverência para com tudo aquilo que se deve reverenciar, oferecia o sacrifício de todos os seus membros e, recebendo o cordeiro imolado, imolava o seu espírito com aquele fogo que sempre ardia no altar de seu coração. Amava a França por ser devota do corpo do Senhor e nela desejava morrer por amor dos sagrados mistérios. Certa ocasião quis mandar os frades pelo mundo com preciosas âmbulas para guardarem o preço de nossa redenção no melhor lugar, onde quer que o encontrassem guardado de maneira menos digna. Queria que tivessem a maior reverência para com as mãos sacerdotais pela autoridade divina que lhes tinha sido conferida para a confecção do santo sacramento. Dizia frequentemente: ‘Se me acontecesse de encontrar ao mesmo tempo um santo descido do céu e um sacerdote pobrezinho, saudaria primeiro o presbítero e me apressaria a beijar suas mãos.’ Até diria: Espera, São Lourenço, porque as mãos deste homem seguram a Palavra da vida e têm um poder mais que humano” (2Cel20 1).

Destacam-se os seguintes elementos ou aspectos: estupefação diante do mistério eucarístico, como expressão da benevolência divina; participação cotidiana na missa; comunhão frequente; oferta de si mesmo e união com o sacrifício de Cristo, a ponto de se tomar um altar vivo; amor e simpatia pela França (segundo os estudiosos, na região da Valônia que correspondia à província franciscana da Bélgica desenvolvia-se intenso movimento eucarístico que levaria à instituição da festa de Corpus Christi); envio dos frades com o intuito de fornecer às Igrejas cálices preciosos para guardar dignamente o sacramento; respeito pelos sacerdotes em razão de seu ministério eucarístico. A eucaristia, durante sua celebração, em sua realidade salvífica como nas pessoas, nos objetos e nos lugares que a circundam, é objeto de uma visão de fé viva, de amor intenso e de sincera devoção. Nada falta neste quadro traçado com tanta delicadeza.

Todos os outros testemunhos que dispomos fazem, com este, como que um coro unânime e concorrem para confirmar e sublinhar os traços descritos. Eco fiel das palavras de Tomás de Celano é o texto de São Boaventura: “O sacramento do corpo do Senhor, o inflamava de amor até ao fundo do coração: admirava, espantado, misericórdia tão amável e amor tão misericordioso. Comungava muitas vezes e com tanta devoção, que comunicava aos outros e sua devoção quando todo inebriado do Espírito e inteiramente absorto em saborear o Cordeiro imaculado era arrebatado em frequentes êxtases” (LM 9,2).

A respeito de suas exortações à escuta “fervorosa” da missa, da adoração “devota” do corpo do Senhor, da honra “particular” aos sacerdotes falam os Três companheiros (14) e o Anônimo perusino (98). Seu cuidado para com o modo de guardar a eucaristia e o respeito para com os sacerdotes são evocados pela Legenda perusina (80). A Legenda perusina (17) e o Espelho da perfeição (87) falam de seu desejo e empenho em participar da eucaristia. De seu amor para com a limpeza das Igrejas, dos altares, bem como “de todas as alfaias que servem para a celebração dos divinos mistérios” falam a Legenda perusina (18), etc.

Outro aspecto que merece reter nossa atenção é o de seu especial amor pela escuta da palavra evangélica durante ou após a missa. Trata-se da valorização da palavra de Deus e de sua ressonância na vida. Nas anotações feitas por Frei Leão no Breviário de São Francisco se pode ler: “Fez escrever também este Evangeliário e quando, devido à doença ou outro impedimento manifesto não podia ouvir missa, pedia que lhe lessem a passagem evangélica prescrita para a missa daquele dia. E assim o fez até sua morte. Argumentava desta maneira: ‘Quando não posso ouvir missa, adoro o corpo do Senhor na oração e com o olhar da mente, do mesmo modo que o adoro quando o contemplo durante a celebração eucarística.’ Depois de ouvir ou ler o trecho evangélico, o bem-aventurado Francisco devido a sua profunda reverência para com o Senhor, sempre beijava o livro dos Evangelhos” (Breviário de São Francisco).

Idêntico testemunho se encontra na Legenda perusina (50): “Quando não podia assistir à missa. Francisco queria que lhe lessem o Evangelho do dia. antes da refeição” [cf, também EP 117). Este fato demonstra não somente a coerência com o que ensinava com relação à veneração para com a palavra e o corpo do Senhor – diríamos hoje, a relação entre palavra e rito, entre liturgia da Palavra e liturgia eucarística, entre a mesa da Palavra e a mesa do Corpo de Cristo – mas revela também o lugar que a missa ocupa em sua jornada de todos os dias: enquanto ouve a Palavra do Evangelho, adora interiormente o corpo de Cristo, insere-se espiritualmente no ritmo da celebração eucarística de todos os dias, vencendo todo impedimento material e transcendendo o rito da celebração.

No episódio de sua conversão vemos que a palavra do Evangelho ouvida na missa provocava na consciência de Francisco imediata resposta: “Um dia enquanto assistia ele à missa dos Apóstolos devotamente ouviu o trecho do Evangelho onde Cristo envia os discípulos a pregar, ensinando-lhes a maneira evangélica de viver: não levar ouro nem prata, nem dinheiro no cinto, nem sacola para o caminho. nem duas túnicas … reteve estas palavras firmemente na memória e, cheio de Indizível alegria, exclamou: “É isso o que desejo ardentemente; é a isso que aspiro com todas as veras da alma” (LM 3, 1).

A Legenda dos três companheiros diz que “ele compreendeu isto melhor depois da explicação do sacerdote” (25). O episódio, que lembra fato análogo ocorrido com Santo Antão abade, é altamente significativo porque nos permite conhecer o “lugar do nascimento” da vocação de Francisco, isto é, a celebração eucarística, e ilumina os seus sentimentos interiores de intensa participação no mistério da Palavra e do Corpo de Cristo.

Não podemos ignorar o que escreve em seu Testamento a respeito da visita às Igrejas e a oração que costumava fazer: “E o Senhor me deu tanta fé nas Igrejas que com simplicidade orava e dizia: ‘Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as vossas Igrejas que estão no mundo inteiro, e vos bendizemos porque por vossa santa cruz remistes o mundo” (Test 4-5).

Embora esta oração não tenha referência explícita à eucaristia, seu conteúdo e sobretudo a referência ao local (na Igreja: aqui se encontra em vários códices), além de sua interpretação e de seu uso na Ordem, não deixam dúvida alguma quanto a seu cunho eucarístico. Toda igreja que se visita ou se vê de longe é um convite a uma oração revestida de adoração e de bênção, a Cristo, cujo corpo está presente no sacramento conservado nos templos. A fé do santo vai para além de cada Igreja e se dilata com liberdade atingindo a Cristo nos sinais exteriores de sua presença, unindo, na oração, adoração e louvor, a eucaristia e a cruz. A base litúrgica da oração – uma antífona do oficio da festa da Santa Cruz – não tira a característica original impressa pela piedade de Francisco. Que esta oração lhe fosse particularmente cara e que desejava que fosse recitada pelos frades, aparece claramente em 1Cel 45, LM 4,3 e LTC 37.

A última citação (LTC 37), falando da fidelidade dos frades às exortações do santo, observa que “quando encontravam alguma igreja ou cruz, ajoelhavam-se para rezar e devotamente diziam: ‘Nós vos adoramos … “‘.

Esta oração não está, pois, ligada à visita a uma Igreja, nem tampouco tem relação com a forma devocional da visita ao Santíssimo que estava nascendo. Esta restrição não deve surpreender: antes de tudo isso demonstra que São Francisco não corre atrás das novas formas de piedade, mas permanece apoiado na fé que adora, na atitude de oração, em sua sobriedade e substância, mais do que em suas modalidades exteriores. Mais uma vez emerge seu equilíbrio e sua interioridade, o desejo de encontrar-se com seu Senhor onde se encontram sinais que apontam para a cruz e para a eucaristia.

Fonte: Dicionário Franciscano – Editora Vozes


A vitalidade da Eucaristia em São Francisco

Frei Atílio Abati

Francisco de Assis alimentava uma profunda fé nas palavras do Cristo: “Eu sou o pão vivo descido do céu.” Quem comer deste pão tem a vida eterna” (Jo 6,51a). “… E eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,54b). Na Eucaristia buscava ele a força, a vitalidade e o vigor para a dimensão espiritual, fraterna e vivencial de sua fé.

O filho se rejubila e se orgulha em poder alimentar-se do pão, fruto do suor e do trabalho paterno. Assim, Francisco sentia, um sabor todo especial por este alimento, a Eucaristia, deixado a nós pelo Cristo.

Eucaristia e conversão

Este amor à Eucaristia é parte integrante de seu processo de conversão, como ele mesmo o afirma: “Então o Senhor me deu uma tão grande fé … ” (Test. 4). Este “então” significa depois de servir os leprosos, depois de abandonar o mundo, depois de fazer a ruptura com o pai. “Então”, vai estabelecer-se na igrejinha de São Damião, onde trabalhou por dois anos. Aqui conviveu com o capelão que, diariamente celebrava a missa. Continua ele: “Então o Senhor me deu uma tão grande fé nas suas igrejas, que nelas, com simplicidade o adorava. dizendo: “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as vossas igrejas que estão no mundo inteiro e vos bendizemos. porque pela vossa santa cruz remistes o mundo” (Test 5).

Francisco e os ministros do Altar

E descobre também que nesta igreja estão os ministros do altar que nos trazem o Corpo e o Sangue do Senhor. Eles são investidos do poder de trazer o Cristo e torná-lo presente na comunidade e partilhá-lo com os homens. Daí sua profunda reverência, respeito e veneração pelos sacerdotes, mesmo que fossem pecadores.

Francisco tem convicção que o sacramento eucarístico é vital em nossa peregrinação, porque nos alimenta, nos fortalece, nos revigora, nos preserva e nos garante a vida da fé.

E no seu Testamento, não se cansa de enaltecer a figura do sacerdote: “Depois disto, deu-me o Senhor e me dá tal fé nos sacerdotes que vivem segundo as normas da santa Igreja romana (Test 6) que quero temê-los, amá-los e honrá-los como os meus senhores. E não quero considerar neles pecado, porque neles vejo o Filho de Deus e são meus senhores” (Test 8-9).

A fé no Corpo do Senhor

Esta presença real do Cristo direciona o peregrinar do homem e dá o sentido à existência. Este é o conteúdo da fé de Francisco, que o leva a confessar: “Não vejo coisa alguma corporalmente, neste mundo, do Altíssimo Filho de Deus, senão seu Santíssimo Corpo e Sangue” (2CFi 22).

Descortina-se, aqui, o anseio de Francisco de ver o Senhor. Mas como vê-lo, se é invisível! “A Deus nunca ninguém viu” (Jo 1,18). Por isso, seu tom doloroso: “Neste mundo não vejo coisa alguma, corporalmente, do Altíssimo Filho de Deus”. Mas continua: “A não ser o seu Santíssimo Corpo e Sangue” (Test. 10).

Naturalmente, pelos olhos corporais, jamais seremos capazes de ver, mais do que o pão e o vinho. Todavia, pelos olhos da fé, iluminados pelo Espírito, reconhecemos no pão e no vinho o Corpo e o Sangue do Senhor. Conclui ele: “Por detrás da modesta aparência do pão, esconde-se o Senhor” (COrd 27), ou seja, para além do sinal existe uma realidade, uma presença.

Eucaristia e vida

Portanto, o Cristo, o pão partido e repartido entra em nossa vida. Mais: transforma nossa maneira de ser e de agir, levando-nos à unidade e garantindo a comunhão. Comungar o Cristo, pois, supõe vivenciarmos uma atitude pessoal de comprometimento, com repercussão externa e social, levando-nos a pensar no outro. Sem o outro, não há felicidade, não há vida, não há comunhão.

A eucaristia obriga a nos enraizarmos na fonte da vida, Deus, para formarmos um só corpo e sermos comunidade. A união ou comunhão com o Cristo, deve passar pela união ou comunhão com os irmãos e irmãs. A Eucaristia, a exemplo de Francisco, concita-nos a viver a fraternidade, a solidariedade, a partilha e um relacionamento amoroso com nossos semelhantes.

Francisco faz um paralelo entre o Cristo que veio à terra e o Cristo da Eucaristia. Existe aqui um duplo encontro: o Cristo que se apresentou sob a fragilidade humana pela ação do Espírito Santo e o Cristo glorificado que vem a nós sob o sinal do pão e do vinho para encontrar-se com cada um de nós. Hoje, pois, este Cristo é acolhido pela Igreja no pão e no vinho, pela ação do Espírito Santo, toma-se o Corpo e o Sangue do Senhor.

O pão e o vinho

É mister salientar que Francisco reconhece, sob as aparências do pão e do vinho, o memorial da humildade e da pobreza da Encarnação. Daí sua oração: “Ó humildade sublime, ó sublimidade humilde, que o Senhor de todo universo, se humilha, a ponto de se esconder, para a nossa salvação, sob as aparências do pão e do vinho” (COrd 27).

O sacramento do memorial do Senhor nos é oferecido como alimento, refeição, sempre sob os sinais do pão e do vinho. Francisco enternecido com este dom do céu, exclama: “O Senhor se entrega em nossas mãos, permitindo que o toquemos e o recebamos em nossa boca” (CCler 8).

Eucaristia, para Francisco, é elo de reconciliação, pacificação e vida nova com o Cristo. Ele atrai a si todas as coisas. “Reconcilia todos os seres, tanto na terra quanto nos céus e estabelece a paz pelo sangue de sua cruz” (Caol 1, 20).

Eucaristia e realidade

O conceito deste santo, relativo ao Corpo do Senhor, faz-nos refletir que Eucaristia e realidade se interligam, se completam e formam um todo. Assim, acolher o Cristo é acolher o irmão. Tomar o Cristo, sem provocar mudanças, sem conduzir à conversão e sem levar à comunhão, é trair nossa essência, que é amar. Comungar, sem romper com nosso egoísmo e sem sermos ponte entre o eu e o tu, é separar o que Deus uniu.

A gratidão ao Pai

A Legenda Maior, comentando sobre a vida de Francisco de Assis, assegura: “Atravessando o deserto deste mundo, como peregrino e estrangeiro, Francisco nunca deixou de celebrar em pobreza, mas de todo o coração, a Páscoa do Senhor” (LegM 7,9).

Francisco esconde-se atrás desta grandeza do Corpo e Sangue do Senhor, para elevar sua gratidão ao Pai: “E porque todos nós, míseros, não somos dignos de te nomear. .. , por nosso Senhor Jesus Cristo, teu amado Filho, te rendemos graças com o Espírito Santo … ” (RegNB 23, 9-10).

Vamos encerrar esta nossa reflexão, lembrando que Francisco, deixou-se envolver e possuir por este Mistério de amor. Ele, em vida, fez da Eucaristia a força, a mola propulsora deste seu peregrinar. A Eucaristia confirmou seu encontro e esta sua total integração com o Cristo, a ponto de identificar-se com Ele, externamente, pela impressão dos estigmas em seu corpo.

Fonte: Francisco, um encanto de vida – Editora Vozes


Fonte: Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

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