O termo “educar”, a partir de sua etimologia, significa “conduzir para fora”. A tarefa do educador seria, portanto, a de proporcionar ao educando a possibilidade de sair de si mesmo, de olhar para além dos próprios limites e perceber nas diferenças um lugar de encontro e comunhão, aprendendo a viver e conviver em sociedade.
Em Jesus Cristo, Deus se faz educador de seus e filhos e filhas. Toda a caminhada do Filho de Deus se deu num processo constante de educação, no qual o Senhor, incansavelmente, se dispôs a conduzir os seus. O núcleo de seus ensinamentos está contido nas lições do Tríduo Pascal e passa pelo Lava-Pés, pelo Mandamento do Amor, pela Paixão e pela Morte na Cruz e, finalmente, pela Páscoa da Ressurreição. Em todos estes episódios, Jesus faz um esforço absoluto para provocar seus seguidores a saírem de si, a vencerem o medo, a se entregarem sem reservas à missão.
Vencedor absoluto do pecado e da morte, o Ressuscitado segue pacientemente seu caminho de educador a fim de solidificar no coração dos seus, o vigor apostólico necessário à construção do Reino. Na introdução aos Atos dos Apóstolos (At 1,1-11), proclamada na Primeira Leitura nesta Solenidade da Ascensão, o autor sagrado faz um resumo das aparições do Ressuscitado a seus discípulos.
Finalmente sobe aos céus. É como se fosse a solenidade de formatura na Escola de Jesus Educador. O Mestre, sempre presente, percebe que o fruto da missão está maduro no coração dos seus. Garante a permanência próxima e, ao mesmo tempo, entrega à comunidade o compromisso de testemunhar as maravilhas de um mundo a ser construído conforme os planos e sonhos de Deus. O diploma na escola de Cristo Educador não deve, portanto, ser pendurado na parede como relíquia, mas configura-se num convite permanente aos batizados e batizadas a fim de que levem para todos os cantos a Boa-Nova da Salvação. (Frei Gustavo Medella – OFM)
Paz e Bênçãos!
Ir. Romana Rossetto.
Fonte: CFI