Um grupo de nove jovens frades capuchinhos, oriundos de diversas províncias da América Latina (Costa Rica, Venezuela, Peru, Colômbia e Brasil), participou de um intenso curso de formação missionária na Amazônia, entre os meses de julho e outubro. A iniciativa, promovida pela Cúria Geral, teve como objetivo proporcionar aos frades pós-noviços uma imersão profunda na realidade amazônica e um aprofundamento do carisma capuchinho.
O curso, que se estendeu por dois meses e dez dias, abrangeu diversas atividades, como estudos bíblicos, reflexões sobre a missão da Igreja na Amazônia, vivência comunitária e trabalho missionário direto com as comunidades indígenas e ribeirinhas. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto a cultura, os desafios e as belezas da região, além de fortalecer os laços de fraternidade e aprofundar sua vocação religiosa.
“A experiência foi transformadora”, afirma Frei André Luiz Carvalho Martins, um dos participantes. “A convivência com as comunidades indígenas e ribeirinhas nos mostrou a importância de valorizar a diversidade cultural e de promover a justiça social. Além disso, o trabalho missionário nos ajudou a compreender mais profundamente o significado de ser frade capuchinho e a importância de seguir os passos de São Francisco de Assis”.
Encontro com o Ministro Geral
Um dos momentos mais marcantes do curso foi o encontro com o Ministro Geral, Frei Roberto Genuin, que visitou os jovens frades em Letícia. Durante o encontro, o Ministro Geral destacou a importância da formação missionária para a vida religiosa e encorajou os participantes a perseverarem em sua vocação.
Missões e desafios
Ao longo do curso, os jovens frades realizaram diversas missões nas comunidades indígenas e ribeirinhas, onde compartilharam a fé e a espiritualidade, promovendo momentos de oração e reflexão, e se aprofundaram na cultura local, participando de ritos e celebrações tradicionais. As missões foram marcadas pela troca de experiências e pelo fortalecimento dos laços entre os frades e as comunidades locais.
“A Amazônia é um lugar de grande beleza e fragilidade”, afirma Frei André Martins. “Nossas missões nos mostraram a importância de cuidar da natureza e de defender os direitos dos povos indígenas. Essa experiência nos motivou a continuar trabalhando em prol da proteção da Amazônia e de seus habitantes”.
Um futuro promissor
A formação missionária na Amazônia representa um investimento no futuro da Igreja. Ao vivenciar de perto os desafios e as oportunidades da região, os jovens frades estão mais preparados para assumir suas responsabilidades como religiosos e para contribuir para a construção de um mundo mais justo e fraterno.
Autor: Frei Rubenil de Castro Oliveira, OFMCap
Fonte: Capuchinhos.org
