Santa Coleta de Corbie

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Virgem da Segunda Ordem (1381-1447). Canonizada por Pio VII no dia 24 de maio de 1807.

O século XVI foi fértil em movimentos de reforma em quase todas as Ordens. Enquanto os franciscanos dão vida a uma prodigiosa Observância com um grupo de grandes Santos e Apóstolos, a Ordem das Clarissas também experimentou diversas iniciativas de retorno à primitiva austeridade. Para levar a cabo tal empreendimento, de promover uma reforma intensa na vida das Irmãs Pobres de Santa Clara, escolheu Deus uma humilde e corajosa virgem da França, Coleta de Corbie.

A sua vida foi, desde a infância, marcada pelo signo do milagre: nasceu duma mãe já idosa, teve um crescimento prodigioso e mostrou desde cedo tendência para a solidão, penitência e oração. Privada dos pais, seguiu o impulso para a vida claustral, mas, a princípio resistiu ao apelo que já recebera, de promover a reforma da Ordem, e, por isso, no seu entender como castigo, ficou durante algum tempo cega e muda. Mas, por fim, rendeu-se à vontade divina, apresentou-se ao Papa, que então se encontrava em Niza, e expôs-lhe a vontade de Deus a seu respeito. Como resultado, o próprio Papa lhe deu o hábito de Clarissa, recebeu dela a profissão da primeira regra de Santa Clara e encarregou-se de estender seu projeto de reforma a todos os mosteiros franceses de Clarissas.

Com doçura e fortaleza, Coleta empreendeu a reforma não só das Clarissas, por mandato de Bento XIII, mas também dos Frades Menores. Reformou 17 mosteiros da II Ordem na observância da estrita pobreza preconizada pela regra de Santa Clara, à qual acrescentou Constituições. Estendeu a sua influência a 7 conventos dos Frades Menores. O resultado foi uma avalanche de novas vocações de meninas, tanto nobres quanto plebeias, que na Itália se fizeram Clarissas e na França Coletinas. Morreu santamente a 6 de março de 1447, com 66 anos de idade.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

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