São Cosme e São Máximo Takeya

1718

Pai e filho. Mártires japoneses da Terceira Ordem Franciscana (+ 1597). Foram canonizados por Pio IX a 8 de junho de 1862.

Cosme nasceu na província de Ovari, no Japão, de família nobre e abastada. Mas os pais vieram a cair na miséria, e Cosme teve de se sujeitar a pesados e pouco nobres trabalhos manuais, como o de forjar armas. Tinha sido batizado pelos padres jesuítas. Quando foi viver em Meaco, relacionou-se com os padres franciscanos que havia pouco tempo tinham chegado das Filipinas e já estavam atarefados em construir igrejas e hospitais e a trabalharem na conversão dos japoneses ao cristianismo.

Cosme ofereceu-lhes logo a colaboração e afeiçoou-se tanto a eles que não tardou a servir-lhes de intérprete. Era também assíduo nas visitas e assistência aos doentes, na catequese de crianças e adultos, e na pregação do Evangelho, coroada com frequentes conversões. Juntamente com a família, foi recebido na Terceira Ordem. Entregou aos religiosos o filho Máximo, para eles o formarem como catequista, e, se o Senhor viesse a chamá-lo, para ser também religioso e sacerdote.

Cosme não se separou dos missionários e de seus colaboradores quando se desencadeou a perseguição contra a Igreja Católica. A primeira prisão foi o convento, que foi fechado e rodeado por guardas armados. Mas os missionários continuaram a exercer o ministério na Igreja, administrando os sacramentos aos fiéis. No dia 30 de dezembro foram transferidos para prisões da cidade, e a 1º de janeiro de 1597 virem juntar-se a eles outro franciscano, três jesuítas e três leigos.

Na manhã de 3 de fevereiro, depois de lhes terem amputado o lóbulo da orelha esquerda, as 24 vítimas foram transportadas em carros até Nagasaki. Durante o percurso, o número subiu para 26. Máximo, o filho de Cosme, no momento em que o pai foi preso, estava em casa doente. Quando se restabeleceu correu para se juntar ao pelotão dos condenados. Ao avistá-los, começou a gritar: “Papai! Padres! Porque é que não me avisaram? Eu quero morrer convosco!”, e ao ver no último carro o seu amigo Luís, continuou a gritar: “Luís, meu amigo, como é que partiste sem mim?”. Ao chegar perto do carro do pai, disse-lhe: “Paizinho, deixa-me subir para o teu carro, porque eu também sou cristão e teu filho!”. Dirigiu-se logo aos soldados, pedindo-lhes que o subissem para o carro do pai. Um soldado agarrou-o e feriu-o violentamente na cabeça com o sabre. Caiu sem sentidos, sendo socorrido por uma mulher que o recolheu: era sua própria mãe! E quando em Nagasaki expiravam, crucificados, os seus companheiros, ele falecia em casa, em consequência do golpe sofrido, e assim encontrou-se com eles no céu.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

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