Bem-aventurado Pedro de Tréia

1005

Sacerdote da Primeira Ordem (1225-1304). Aprovou seu culto Pio VI no dia 11 de setembro de 1793.

Em Tréia, antigo município romano na província de Macerata nasceu, por volta de 1255, outro dos notáveis franciscanos que nessa época povoaram as terras da Itália, sobretudo a região das Marcas.

Embora as virtudes de todos sejam fundamentalmente as mesmas, a personalidade dessas figuras medievais é sempre diversa e interessante, e constituem um vasto florilégio de muitos variados tipos humanos e fisionomias espirituais. O Bem-aventurado Pedro de Tréia representa o tipo contemplativo, cuja maior celebridade são as suas conquistas ascéticas. Mas foi, também, um religioso ativo no ministério da Palavra, como pregador irresistível.

Entrou na Ordem quando ainda era muito jovem, e sempre ansiou por imitar as virtudes de São Francisco e seguir os seus passos, mesmo materialmente. Passou muito tempo no monte Alverne – opção que confirma o que dissemos, pois foi esse monte o calvário místico de São Francisco, onde tinha recebido os estigmas, e sobre essas rochas, mais que à pregação e ao ensino, à meditação e à ascese, entre êxtases e visões.

Como apóstolo e pregador, Pedro percorreu a região das Marcas, fascinando multidões com a veemência sagrada da sua eloquência. Tinha o dom de comover os pecadores, que, arrependidos e purificados no sacramento da penitência, eram por ele conduzidos a Deus.

São famosos os seus êxtases e visões. Em Ancona, o superior do convento descobriu-o na igreja, em oração, elevado da terra. Mais tarde, no convento de Forano, foi Pedro quem observou a cena admirável de a Santíssima Virgem colocar afetuosamente o Menino Jesus nos braços do confrade Conrado de Ofida. Pedro de Tréia e Conrado de Ofida, ambos das Marcas e ambos franciscanos beatificados, foram não só confrades e companheiros de apostolado, mas também verdadeiros irmãos em espírito, cuja santidade se desenrolava por caminhos idênticos, competindo mutuamente numa santa emulação. O Bem-aventurado Pedro morreu a 19 de fevereiro de 1304, no convento Sirolo, aos 79 anos de idade.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

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