Entrevista com Marcivana Sateré, auditora do Sínodo

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A vida de Marcivana Sateré é uma vida de luta por direitos dos povos indígenas, especialmente daqueles que migraram para a cidade, um dos fenômenos mais comuns nos últimos anos entre os povos da Amazônia. Ela é uma das líderes mais destacadas no trabalho com indígenas em Manaus, a maior cidade da Amazônia, e, por causa disso, tem sido convocada pelo Papa Francisco para ser auditora do Sínodo para a Amazônia, que de 6 a 27 de outubro vai reunir em Roma a mais de 300 participantes, dentre eles 42 mulheres, o número mais elevado nos mais de cinquenta anos de sínodos.

A entrevista é de Luis Miguel Modino.

Marcivana destaca a importância da presença em eventos fora do Brasil, isso ajuda no fortalecimento, especialmente dos povos que moram na cidade, muitas vezes invisibilizados. Em Manaus hoje moram trinta e cinco mil indígenas de 45 povos diferentes, junto com muitos outros que não se identificam como indígenas. Eles não tem direito a uma educação e saúde diferenciada, como garante a Constituição brasileira.

Em referência à Arquidiocese de Manaus, a liderança indígena, que faz parte da Pastoral Indigenista, afirma que “a gente encontrou uma grande abertura com a Igreja local”, sendo assumido o trabalho com indígenas e migrantes como uma das prioridades da arquidiocese. Esse é um grande desafio, num cidade onde “essas populações, elas estão sendo empurrados também para os guetos do esquecimento, para a zona sub-humana, mesmo na cidade”. Por isso, se torna urgente “pensar as cidades hoje, mas ela tem que crescer de forma harmoniosa com a natureza e com os povos que habitam nela”.

Eis a entrevista

No momento em que você recebeu o convite do Papa Francisco para ser auditora do Sínodo para a Amazônia, o que foi que sentiu?

Eu fiquei maravilhada né, porque acho que ecoou, ou tem ecoado muito longe, as questões da Amazônia, as questões desse desafios que nós temos quanto povos amazônidas. E aí, a gente vê, eu fui em março lá, e a repercussão que deu depois a nossa ida lá para participar da conferência internacional, onde a gente abordou e aprofundou a questão dos povos indígenas que estão na cidade. A gente percebeu, nossa, como é que o nosso grito está indo tão longe, né? E a questão hoje da presença em eventos fora do Brasil tem sido uma questão de resistência indígena também, de fortalecimento da luta fora, porque aqui no Brasil, a luta tem ficado, diante do poder público, das conquistas e os retrocessos, e diante desse governo que tem estado aí, a gente tem contado muito com o apoio que tem vindo de fora para as causas indígenas.

Qual é a situação dos povos indígenas hoje em Manaus, que é a realidade que você mais conhece?

O nosso grande desafio na cidade de Manaus é pelo reconhecimento e pela visibilidade dos povos que estão aqui na cidade. A gente sempre faz uma comparação da nossa realidade indígena na cidade, até mesmo usando o elemento sagrado, que o elemento da água, a gente compara muito com a nossa vida na cidade. Quando o Rio Amazonas, ele nasce lá na Cordilheira dos Andes, ele é água, quando ele perpassa outros territórios, ele continua água. Quando ele entra no Brasil, ele ainda é água, e quando ele deságua no Oceano Atlântico, ele continua água. Assim também são as populações indígenas, embora nós estejamos longe dos nossos territórios de origem, nós continuamos indígenas dentro das cidades, e o Estado precisa reconhecer isso, o Estado precisa respeitar os povos indígenas que estão também na cidade, a questão cultural, seu direito também.

Uma das questões que denuncia o Instrumento de Trabalho do Sínodo para a Amazônia é onde diz que nos centros urbanos, os organismos governamentais evitam frequentemente a responsabilidade de lhes garantir seus direitos aos povos indígenas, negando-lhes sua identidade e condenando-os à invisibilidade. Realmente isso está acontecendo aqui em Manaus, como isso está sendo incrementado com as políticas do atual governo?

A conquista de políticas públicas por nossas lideranças passadas, elas foram um fator determinante para que os povos indígenas, o fortalecimento da luta, da cultura, tudo foi, se deu muito, e tem uma contribuição muito grande das políticas públicas. Mas a questão do indígena, quando ele está na cidade, essa não visibilidade, esse não reconhecimento, essa falta de uma legislação específica que os ampare dentro desse contexto urbano, provoca muito a questão do desaparecimento da cultura, que hoje está muito presente. Aqui em Manaus, a gente sente fortemente isso, nós temos, por exemplo, em política de saúde, nós temos uma secretaria específica de saúde indígena, que é a SESAI, que tem todo um atendimento de atenção básica, de atendimento aos povos indígenas, que está voltado ao atendimento aos parentes de base. Mas é uma política que não atende os indígenas que estão na cidade.

Nós temos uma educação na cidade, Manaus, por exemplo, hoje nós somos 45 povos, aqui na cidade de Manaus. Oficialmente para nós, nós somos sete línguas faladas aqui na cidade de Manaus, mas infelizmente, nós também não termos uma legislação que reconheça, que ampare essas línguas aqui dentro da cidade, uma educação escolar indígena que funcione de fato na cidade. E isso, esse fato, se dá de várias formas, mas principalmente por conta que a gente não tem uma instrumental que diga quantos indígenas hoje nós temos aqui na cidade de Manaus. A COPIME trabalha em torno de trinta e cinco mil indígenas vivendo aqui na cidade de Manaus. Todas essas populações, elas foram forçadas a sair do seu território, e estão na cidade por conta de uma política que está muito voltada para as grandes metrópoles. Na grande metrópole se concentra tudo, aqui em Manaus se concentram as faculdades, se concentram os serviços, se concentra a questão de saúde. Então, de qualquer forma, obriga os indígenas a vir para a cidade, fora a questão das invasões, das ocupações aos territórios tradicionalmente ocupados. A questão dos garimpeiros, dos madeireiros, todas essas questões que também vão forçando os indígenas a virem para a cidade.

Você fala de trinta e cinco mil indígenas em Manaus, mas é verdade que tem muita gente que é indígena e, devido ao preconceito de muitos anos, de séculos, tem muita gente que não se identifica como indígena. Como isso repercute no mundo indígena, como isso repercute nas políticas públicas, na luta pelos direitos?

Nós estamos com o IBGE, fazendo uma espécie de pré-censo, coletando, fazendo as marcações dos pontos onde tem maior concentração de indígenas, aqui na cidade de Manaus. E por incrível que pareça, a nossa grande dificuldade tem sido essa, a auto identificação dos parentes. Por exemplo, tem muitas famílias que alguns membros estão associados ao movimento indígena, então esse não tem dificuldade de se identificar. Mas se boa parte dessa mesma família não estiver ligada ao movimento indígena, essa não se identifica, e essa não quer se identificar. Então a gente tem uma grande dificuldade nesse sentido, por questões mesmo de preconceito, por várias questões, muitos indígenas hoje, embora eles tenham toda a característica, meu pai lá na base, ele é cacique, ele é tuxaua, aqui na cidade, ele já não se identifica como indígena.

Isso é lógico que para nós é uma dificuldade muito grande, porque se a gente não apresenta uma demanda dos indígenas aqui na cidade, não tem porque se construir políticas públicas específicas para esses povos. Como é que você vai pensar uma educação diferenciada se você não tem indígenas na cidade? Como é que você vai discutir a questão da regularização fundiária se você não tem indígenas na cidade? Então é muito complexo tudo isso. Por outro lado, acho que a gente não vê muito interesse do Estado de querer dar visibilidade a isso, porque tendo indígenas na cidade, você vai ter criar mecanismos, vai ter que criar legislações específicas para atender essas populações.

Uma das questões que sempre tem sido motivo de luta para os povos indígenas e a assunto no território. Como se enfoca essa dimensão do território para alguém que mora na cidade de Manaus, onde tudo isso fica mais disperso, diluído, não fica muito claro?

A questão do território, a luta dos povos indígenas, ela tem sido uma luta desde a construção do Brasil como território, é uma retomada do seu território. Mas na cidade é muito mais complexo, porque embora nós já estivéssemos aqui na cidade de Manaus, nós temos sítio arqueológico que atesta essa presença indígena na cidade de 700 anos, aqui na cidade de Manaus, hoje as populações indígenas, elas vivem nas ocupações. Esse deslocamento dos indígenas das suas terras de origem para cidade, tem levado ao crescimento das ocupações aqui na cidade de Manaus. E esse crescimento, ultimamente ele vem cercado de muita criminalização. Na cidade hoje, você tem, por exemplo, pessoas aí tratando os indígenas de vagabundo, de invasores, que não querem nada.

Se o indígena está vindo para cidade, por exemplo, para tratamento de saúde, para que seus filhos tenham acesso à faculdade, ele vai para uma área de ocupação. O problema é que na cidade, como é que a gente reconhece essas comunidades como território tradicionalmente ocupado, que é o que garante a legislação, a Constituição Federal? Que instrumental a gente vai usar para regularizar a situação? Porque na verdade, o reconhecimento das terras indígenas, ela se dá pela questão da permanência cultural que os povos tem naquela localidade, e na cidade é diferente. E aí se gera vários conflitos em relação a isso, os povos indígenas vindo para cidade estão indo para área de ocupação. Nós não temos uma legislação que ampare, que regularize essa situação, e associado a isso está o processo de criminalização dessas pessoas, porque isso tudo tem muita gente que associa a imagem do índio a somente coisa negativa.

Hoje esse conflito aumentou muito na cidade e Manaus, conflito pelo direito à terra na cidade de Manaus aumentou muito. Várias lideranças já foram assassinadas por conta disso, e a gente vê com o grande preocupação isso. Afinal de contas é toda cidade, né, ela está sofrendo um processo de crescimento desordenado muito grande. Para as populações indígenas é pior, porque a gente tem traz conosco das nossas áreas, a questão cultural. Como é que a gente vai trabalhar a questão cultural nossa numa cidade que é cercada de prédios, dos ônibus, numa cidade que hoje já não tem muito verde, numa cidade que tem muitos rios poluídos, uma cidade onde você já não tem esses elementos que são sagrados para cultura indígena. Como é que você vai trabalhar então a sua questão cultural na cidade.

E aí, se a gente não criar, por exemplo, políticas públicas diferenciadas para os povos que estão aqui, nós estamos pagando o desaparecimento. Se você não tiver uma legislação que ampare a educação escolar indígena para os indígenas na cidade, como é que você vai trabalhar a questão das línguas maternas. Se você não tiver um sistema de saúde na cidade que valorize culturalmente o pajé, as parteiras, as plantas medicinais, como é que você vai preservar a nossa cultura na cidade. Então a criação de políticas públicas, ela é fundamental para que os indígenas continuem existindo, principalmente nas cidades.

Em Manaus a arquidiocese tem a Pastoral Indigenista, mas a gente sabe que algumas dioceses, Amazônia afora, não tem esse cuidado com os indígenas. Inclusive, o Instrumento de Trabalho fala que algumas paróquias ainda não assumiram sua plena responsabilidade no mundo multicultural, que espera uma pastoral específica, missionária e profética. Esse relacionamento com a Igreja, sobretudo com as paróquias, da parte do mundo indígena, como acontece? Realmente, os indígenas se sentem acolhidos nas paróquias, a partir das suas culturas, a partir das suas próprias cosmovisões, ou eles têm que se adaptar também a um ritmo paroquial da cidade?

A gente sempre fala que também tem uma grande parte de indígenas que são católicos e que estão nas comunidades trabalhando, como coordenadores de liturgia, tem muito. Acontece que a gente tem uma Igreja que não tem um rosto amazônico, né. A gente começa pelas próprias celebrações que nós temos aqui na cidade de Manaus, são celebrações ainda muito a partir dos ritos, da questão romana. Ainda está muito direcionada, a gente não tem de fato uma celebração com rosto amazônico.

Mas aqui na cidade de Manaus a gente encontrou uma grande abertura com a Igreja local aqui, né. A gente sempre fala que a Igreja Católica aqui de Manaus, ela tem dado grande abertura para participação dos indígenas. Até mesmo a APA, que a Assembleia Pastoral Arquidiocesana, ela traz como uma das prioridades a questão indígena e dos Imigrantes, para trabalhar isso. Agora é lógico que muitas de nossas comunidades não assumem isso como se trabalhar, porque nós estamos em um estado que tem esse rosto indígena. Mas a gente tem estado junto mesmo com a Pastoral Indigenista trabalhando alguns desafios em relação a isso. Nós temos aqui em Manaus, por exemplo, grande parte das nossas populações, eles não são católicos, eles são evangélicos.

A gente percebe a abertura que a Pastoral Indigenista tem junto ao movimento indígena. E a questão de que quando ela faz as suas celebrações, ela valoriza muita questão do pajé, ou dos outros credos que tem nas comunidades, respeita muito isso. Procura celebrar junto com o pajé, junto com o pastor, se estiver junto. Porque também enquanto indígenas, a gente não tem muito essas divisões que o mundo tem. Nem as divisões territoriais, nem as divisões enquanto credo mesmo, enquanto religiões. O indígena ele é católico, mas ele está sempre muito aberto a outros credos, seja um evangélico, para a gente é uma coisa que se mistura muito, não se tem muita diferença entre si. A gente costuma celebrar sempre juntos a partir disso, sem as interferências que o mundo não indígena cria.

Você vai para o Sínodo para a Amazônia, mas acho que você sente que não é uma coisa pessoal, como para representar a voz dos indígenas na cidade. O que você está levando da realidade dos indígenas na cidade para comunicar para aqueles que vão participar da assembleia sinodal?

A questão da valorização das populações indígenas, dizer que a nossa cultura ela é dinâmica. Nós indígenas ainda somos visto muito como os indígenas do século passado, e a gente precisa mudar isso. O indígena hoje, ele faz faculdade, tem indígena doutor, tem indígena que está na cidade, mas não esquece as suas raízes culturais, está muito presente isso com nós indígenas, que ainda não é valorizado. Mas o grande desafio é que também a outra parte da sociedade nos reconheça quanto povos, quanto indígenas, que estar na cidade não modifica as suas raízes culturais.

A questão de estar em um grande centro urbano, quando você pensa a Amazônia, por exemplo, os grandes desafios que tem as metrópoles da Amazônia hoje, com grande concentração de população, como é o caso de Manaus, com 52% da população do estado vivendo na cidade, com grandes problemas, com a questão do meio ambiente, com a questão de direitos, com a questão da violência, com tantas outras questões. Como é que o indígena pode se reafirmar dentro desse espaço, longe do seu território tradicional, onde a questão cultural está muito ligada à questão da terra, da água, das matas, dos animais? Como é que a gente consegue vivenciar isso dentro da cidade?

E aí um fator determinante tem que ser que a gente precisa repensar um modelo de desenvolvimento para a Amazônia, um modelo que seja harmonioso com a sua natureza, com a sua forma de ser Amazônia. Tem que pensar as cidades hoje, mas ela tem que crescer de forma harmoniosa com a natureza e com os povos que habitam nela. E aqui em Manaus, a gente tem essa diversidade de pensar que hoje nós temos. Um número significativo de indígenas vivendo na cidade de Manaus, assim como a gente tem um número significativo de migrantes que estão vindo de fora. E a gente acaba ficando meio perdido, porque a própria cidade, ela não está preparada para receber essas populações.

Essas populações, elas estão sendo empurrados também para os guetos do esquecimento, para a zona sub-humana mesmo na cidade. E o sínodo, ele traz para nós a possibilidade da gente pensar que o direito à cidade é um direito que todos têm, mas que ele precisa respeitar essas formas dessas vidas que estão na cidade, de pensar a juventude e as crianças que estão aqui. Discutir a Amazônia acho que é discutir todas essas questões, essa valorização do homem, ver a Amazônia para além de apenas muitos rios, de apenas muitos animais exóticos, mas também das suas populações que estão sofrendo aqui dentro com o processo. Infelizmente ainda, quando nós estamos na cidade a gente vai adquirindo muitos outros costumes que não fazem parte da nossa cultura, a tendência do individualismo, a tendência de tantas coisas que está trazendo o processo de globalização.

Até que ponto, o Sínodo para a Amazônia pode ajudar em seu trabalho na Pastoral Indigenista, na COPIME, a que a Igreja olhe de um outro jeito os povos indígenas que moram nas cidades?

A Igreja ela tem sido uma grande aliada das lutas dos povos indígenas, muito mesmo. A Igreja, ela tem sido uma grande parceira na luta dos direitos dos povos indígenas. A gente sempre fala assim, que em uma ocupação, quem sempre vai estar conosco é a Igreja católica. E o Sínodo, ele traz hoje, no atual contexto em que nós estamos, em que a gente vive, um momento de retrocesso de direitos, de ataque aos direitos, de todas essas retiradas, a gente tem contado muito estrategicamente com o apoio vindo de fora. E o Sínodo, ele nos traz essa possibilidade da gente aprofundar essa discussão, e sensibilizar para o drama que vivem hoje os povos indígenas que estão na cidade, os que estão no território demarcado. Porque a gente vive hoje mesmo uma conjuntura desse desmonte de direitos, dos assassinatos, das perseguições de nossas lideranças, dessa questão da desinformação política, o arrendamento de terras indígenas.

Tudo isso traz a possibilidade da gente estar refletindo, aprofundando isso. Ser Igreja na Amazônia, ela traz muito esse compromisso da nossa ação. Acho que quando a gente fala de populações indígenas, a gente não pode pensar nelas apenas numa perspectiva evangélica, nós temos que pensar numa perspectiva social e política também, porque para nossa sobrevivência precisamos disso também. Qual que é a grande dificuldade que nós temos com as outras religiões? É porque ela está muitas das vezes dentro de nosso território, mas ela tem um trabalho muito voltado para a parte missionária. A Igreja católica não, ela traz consigo a questão do trabalho missionário, mas ela também traz uma grande parte da questão do trabalho social, do trabalho político e poder contar sempre da luta, né.

E sensibilizar por exemplo as nossas lideranças para esse sentido, de que a gente precisa, para que há de fato, um Reino de igualdade e fraternidade. A gente só pode firmar esse Reino a partir dessa incidência política, de discutir a questão social do povo que habita ali.

Se tivesse oportunidade de falar com o Papa Francisco, o que lhe diria, nem só em nome próprio como também em nome dos povos indígenas aos quais está representando?

Diria muito grato, muito grato, por estar ouvindo, de fato, a voz dos pequenos, a voz dos esquecidos. Porque estar lá discutindo, alguém que, de fato, vivência na base os problemas que tem de perto, é diferente de uma outra pessoa que esteja formada na área, que tem o conhecimento teórico, mas que não tem a vivência. Agradeceria muito pela oportunidade de fazer parte do Sínodo, a partir da experiência mesmo que nós temos, dessa vivência que nós temos, de sofrer na pele isso que nós estamos falando. Então é uma voz que se aproxima, uma voz que no Sínodo se aproxima da realidade de fato. Não é algo que vem através de teóricos, mas das nossas comunidades que estão sofrendo, o que é diferente, é diferente você ouvir de alguém que tem uma formação específica, que tem esse conhecimento científico, do que de uma de uma pessoa que tenha a experiência na vivência da base, de sofrer na pele, de fato, esses desafios.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos

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