Chamados, juntamente com todos os homens de boa vontade, a construírem um mundo mais fraterno e evangélico
para a realização do Reino de Deus e conscientes de que “quem segue a Cristo, Homem perfeito, também se torna mais homem”, assumam as próprias responsabilidades com competência e em espírito cristão de serviço. (Regra da OFS 14)
Aproxima-se o forte tempo da Quaresma, oferecido a nós como um tempo de revisão, como um caminho de transformação. A Quaresma dever ser um tempo no qual atualizamos a vida, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo em nossas vidas, em nossas comunidades e, principalmente, em nossas Fraternidades. Atualizar é revisitar e compreender cada vez mais, de forma mais profunda e madura. O Papa Francisco, na mensagem da Quaresma de 2015, nos disse que esse tempo era favorável para nós, cristãos e cristãs, sairmos da nossa própria alienação.
Para nos ajudar nesse caminho transformador, onde aprendemos que a morte não é a última palavra e que toda realidade de morte precisa ser mudada, somos admoestados à prática das Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais, por meio das quais tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs, pelas corporais, e tocamos mais diretamente o nosso ser, pelas obras espirituais.
Ainda como auxílio nessa caminhada de mudança e de conversão, a Igreja do Brasil nos oferece, todos os anos, uma realidade a ser meditada, refletida e rezada através da Campanha da Fraternidade, que, neste ano de 2019, tem como tema FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS e como lema ‘SERÁS LIBERTADO PELO DIREITO E PELA JUSTIÇA’. Desse modo, somos chamados a ver e participar da realidade das Políticas Públicas para que sejam benefício de todos e sinal de ressurreição para muitas pessoas, afim de que a liberdade e a justiça prevaleçam.
Diante de tantas transformações, percebe-se que o “próximo” está cada vez mais distante de “nós” e, como seguidores do Cristo Ressuscitado, não podemos compactuar com esta proposta de mundo, na qual a fome; a morte; a falta de moradia, de terra, de saúde e de educação são a realidade de tantas famílias; e a ecologia – tema tão caro para nós, franciscanos e franciscanas, – é ignorado. Precisamos estar próximos para ajudar o próximo necessitado que está à beira do caminho, sair de nossas “construções” para caminhar como discípulos missionários e ser presença fiel do Reino de Deus em meio a viúva, o órfão e o estrangeiro. As Bem-aventuranças nos encorajam a participar ativamente das Políticas Públicas em nossas cidades para que o nosso olhar e a nossa ação cristã-franciscana consigam penetrar e mudar essas estruturas.
E você, querido irmão e irmã franciscano secular, sabe o que são Políticas Públicas e qual a importância de nossa participação nelas? Trabalhe, reflita, converse e incentive a sua Fraternidade a realizar encontros sobre a Campanha da Fraternidade. Convide irmãos e irmãs que já participam ativamente da vida pública e da política a darem o seu testemunho de mudança que ajudou a construir em sua cidade. Organizem belos e fortes momentos de oração, caminhadas por direitos e envolvam outras pessoas e famílias. Nossa participação ativa e consciente na sociedade pode reconstruir novas relações fraternas, construindo uma nova fraternidade e envolvendo todas as pessoas de sua localidade.
Mãos à Obra!
Maria José Coelho
Ministra Nacional
Helio Gouvêa
Coordenador Nacional da JPIC
Fonte: OFS do Brasil