Ser Catequista: Graça e Missão

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Nesse último domingo do mês vocacional, dedicado à vocação do/a catequista, nos alegramos com o testemunho vocacional de Ariél, assessor da Catequese na Paróquia da Trindade e na Arquidiocese de Florianópolis, SC.

“Sou Ariél Philippi Machado,natural de Gravatal (SC), batizado aos 02 dias do mês de novembro de 1986 no Santuário-Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Gravatal (SC).

A minha experiência com catequese se mistura e se entrelaça com a própria experiência de vida comunitária. Cresci em uma comunidade onde a transmissão da fé sempre foi entendida como uma tarefa, um ofício de todas as pessoas. Lembro-me quando, ainda em tempos de frequentar os encontros de catequese em preparação aos sacramentos, nossa coordenadora visitava as turmas sempre acompanhada de alguma liderança da comunidade.Era uma visita para perguntar como nós estávamos naquele momento, com perguntas do tipo: “- estão gostando da(o) catequista de vocês?”; “- o que vocês estão aprendendo hoje?”; “- vocês conhecem essa pessoa que está comigo aqui hoje?”

E assim, sempre que possível, nós conhecíamos algum rosto diferente de pessoas que ajudavam nos diversos compromissos da comunidade. Os principais compromissos eram: preparar a liturgia do final de semana, organizar os encontros dos grupos bíblicos com entre as famílias, pensar os momentos orantes para a festa da padroeira (Nossa Senhora do Rosário), ajudar na limpeza do pátio da igreja.Todas essas atividades e outras a mais tinham o envolvimento de nós, catequizandos naquele momento e de nossas famílias.

Para mim, ainda é uma marca, o momento em que me chegou o convite a ajudar uma outra catequista na condução de uma turma. Um ano antes tinha recebido o sacramento da Confirmação. Foi então que eu me dei conta de que, para ser catequista, precisava seguir aquelas inspirações do meu tempo de catequizando e mobilizar outros rostos para ajudar na catequese e, por consequência, na transmissão da fé em Jesus Cristo. Fiz isso indo pedir auxílio aos colegas da turma de crisma, sempre investindo num convite ou proposta para que fossem até aquelas salas onde foi a nossa catequese e ali conhecer “os pequeninos” que estavam começando.

O tempo passou, e na jornada de vocacionado catequista leigo, os ofícios e as atividades foram ganhando outras dimensões, em lugares diferentes. Mas o que minhas catequistas me transmitiram eu tento colocar em prática sempre: a fé se transmite no encontro de diferentes rostos que amam a Jesus Cristo e querem transmitir esse tesouro.

Ser catequista, para mim, é uma obra de arte. Diante de pessoas adultas, jovens, crianças, com os seus familiares ou não, todo cuidado é pouco para ajudar a dar solidez à fé. O artista é sempre o Espírito Santo, com seus dons e inspirações criativas. Nós somos os instrumentos mais diversos à disposição dele. É ele a memória da Igreja (Jo 14,26), conduz nossos passos hoje mantendo a sintonia com aqueles homens e mulheres que contemplaram e conheceram a Jesus Cristo, caminho, verdade e vida (Jo 14,6). A vocação de catequista é essa arte de manter a memória de Deus viva (Papa Francisco), fazendo novos corações arderem por ele e novos pés se colocarem a caminho para edificar o Reino que é dele (Lc 24,32-33)”.

Rezemos por todos/as catequistas, que ajudam adultos, jovens e crianças a fazerem um encontro pessoal com Jesus.

Fonte: cicaf.org.br

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