Vida Religiosa Consagrada, Rosto Misericordioso e Compassivo de Deus no Mundo

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As periferias, as fronteiras, os limites não são apenas os destinatários e receptores, são o lugar onde Deus se encontra e de onde nos fala, pois foi lá, que se encarnou e experimentou nossa humanidade.

Diante dos mais diversos desafios do mundo atual, a Vida Religiosa Consagrada é chamada a ser a luz do Evangelho para que as “chamas que ainda fumegam” não se apaguem. É chamada a ser fermento do Evangelho em meio a grande multidão de pessoas que vivem e caminham desorientados, em busca das condições básicas para sua sobrevivência. Maria é exemplo e testemunho de que esta missão é possível quando acolhemos a presença e a força dinamizadora e transformadora da Divina Ruah. Colocar-se por inteira à disposição de Deus e ser capaz de dizer, do fundo do coração, “Eis-me, aqui” sou tua serva, estou inteiramente à disposição da tua vontade. Nesta atitude de total entrega, a Vida Religiosa encontra e reencontra seu dinamismo profético em meio as realidades periféricas e excludentes onde se encontram os pobres, os preferidos de Deus.

“Não tenha medo”. Esta expressão, proclamada por Jesus em momentos desafiadores, cala profundamente no coração dos/as religiosos/as consagrados/as, hoje. O papa Francisco, quando se dirige a Vida Religiosa Consagrada, repete a mesma expressão, nomeando os grandes desafios para um testemunho e profético: “Não tenham medo dos limites! Não tenham medo das fronteiras! Não tenham medo das periferias! Porque ali o Espírito vai falar com vocês”. As periferias, as fronteiras, os limites não são apenas destinatários, receptores, são o lugar onde Deus se encontra e de onde Ele nos fala, pois foi lá que se encarnou e experimentou nossa humanidade.

O processo de reorganização da congregação requer de todas nós a mesma atitude de Maria, de escuta e diálogo com a Divina Ruah, com os acontecimentos, as diferentes realidades e situações em que se encontra o povo, com os clamores do Planeta Terra. Assim seremos capazes de sincronizar nossos passos com os passos de Jesus, na realização da vontade do Pai. Para manter vivo o carisma fundacional é necessário estar sempre em movimento, em diálogo com a Divina Ruah que nos fala nos acontecimentos, nos lugares, nas diferentes épocas, em diferentes situações. Isso pressupõe discernimento e oração. Não se pode manter um carisma fundacional sem coragem missionária, sem caminhar confiante da presença da Divina Ruah, sem discernimento comunitário. sem diálogo e sem oração.

Queridas irmãs, neste dia e nesta semana dedicada à Vida Religiosa Consagrada, renovemos nosso compromisso de sermos fiéis àquele que nos chamou, nos consagrou e nos enviou.

Maria, a grande discípula do Mestre, caminha conosco e nos ensina a metodologia do caminho no seguimento de seu Filho. Aprendamos com ela e sejamos irmãs felizes, satisfeitas e realizadas.

Pela Coordenação Geral

Fonte: Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas – CICAF

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