Bem-aventurado Rizério de Múccia

1820

Sacerdote, discípulo de São Francisco, da Primeira Ordem (+ 1236). Aprovou seu culto Gregório XVI em 14 de dezembro de 1838.

A sua terra natal, Muccia, fica na província de Macerata. A sua vida anda em parte ligada à do Bem-aventurado Peregrino de Falerone: ambos eram das Marcas, nobres, mandados pelos pais para estudar Direito em Bolonha, para serem juristas, preparados para desempenhar o ofício de juiz e de podestade. Durante a permanência em Bolonha, Rizério e Peregrino assistiram à chegada de São Francisco à cidade, em 5 de agosto de 1222, e a sua presença, acompanhada da sua palavra evangélica, foi quanto bastou para os dois jovens se decidirem a segui-lo. Para Peregrino prognosticou o santo uma vida oculta e humilde; a Rizério apontou o ofício de servir os irmãos – expressão que na sua linguagem equivalia a governá-los.

Certo dia viu-se atormentado pela dúvida de ser ou não benquisto do Senhor. E tomou a decisão de se apresentar perante São Francisco, a fim de deduzir, pelo modo como fosse recebido, a resposta à sua dúvida: “Se Frei Francisco mostrar por mim a simpatia e familiaridade de costume, será sinal da misericórdia de Deus para comigo; caso contrário, concluirei que Deus me abandonou”.

São Francisco, que a essa data se encontrava doente de cama no palácio episcopal, iluminado por Deus sobre o que estava para acontecer, mandou ao encontro de Frei Rizério dois irmãos, Frei Leão e Frei Masseo, que, em nome do Santo, lhe dirigiram estas palavras: “Tu és o irmão mais querido de São Francisco!”. Foi como uma réstia de sol num céu tempestuoso. Quando São Francisco, pouco depois, o viu perto de si, abraçou-o com ternura, apesar de extenuado e doente, e disse-lhe: “Meu filho querido, Frei Rizério, fica sabendo que entre todos os irmãos eu te dedico um amor singular”. Fez-lhe na testa o sinal da cruz e beijou-o, acrescentando: “Essa tentação que te assaltou foi permitida por Deus para teu mérito e prêmio”. Rizério sentiu-se livre, como se lhe tivessem retirado de cima dos ombros um peso enorme.

Os derradeiros anos de vida passou-os em Muccia, no eremitério situado nas fraldas dos Apeninos, junto à capela do apóstolo São Tiago. Morreu a 7 de fevereiro de 1236.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

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