As diferentes comunidades indígenas do mundo devem ser incluídas, respeitadas e protegidas em sua cultura.
É o que pede com veemência o Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) numa nota assinada pelo presidente do organismo, dom Miguel Cabrejos Vidarte, divulgada neste domingo, 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.
“A Igreja reitera o seu compromisso com a defesa dos direitos humanos de nossos irmãos e irmãs indígenas de todo o mundo”, para que eles não sejam considerados “simplesmente uma minoria”, mas também se tornem “os principais interlocutores”.
O Celam destaca as graves dificuldades em que vivem as comunidades indígenas, como por exemplo, as “ameaças à sua terra e estilo de vida, falta de serviços de saúde e educação de qualidade, e várias formas de discriminação”. “Uma dura realidade”, afirma a nota, “agravada pela emergência sanitária causada pela Covid-19 que afetou gravemente a região amazônica”, infectando “mais de 70 mil indígenas no continente americano”, dos quais “23 mil na bacia do Rio Amazonas”.
O CELAM se refere na nota a um dos “sonhos” citados pelo Papa Francisco em sua Exortação Apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia”: “Sonho uma Amazônia que luta pelos direitos dos mais pobres, dos povos originários, dos últimos, onde sua voz seja ouvida e sua dignidade seja promovida. Sonho uma Amazônia que defenda a riqueza cultural que a distingue, onde a beleza humana brilha em tantas formas diferentes.” Na esteira destas palavras, os bispos latino-americanos convidam as autoridades do continente a “centralizar menos e descentralizar mais a assistência social e econômica que tem sido prestada durante este difícil período de pandemia”, assegurando que “nossos irmãos indígenas recebam a atenção que merecem e precisam urgentemente”.
Vatican News Service – IP/MJ
Fonte: Vatican News