No Brasil, 1,3 milhões de hectares de florestas primárias desapareceram em 2018

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Os dados de 2018 são do Global Forest Watch, atualizado pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. O levantamento mostra o complexo retrato do desmatamento em áreas densas de florestas tropiciais – da Amazônia, na América do Sul, a África e Indonésia.

A maior preocupação apontada pelo relatório diz respeito à destruição continuada das florestas primárias, como são chamadas as áreas com as árvores mais antigas e que não são fruto de replantio. Também de acordo com o relatório do Global Forest Watch, uma área de florestas primárias equivalente ao tamanho da Bélgica foi destruída em 2018.

Brasil e Indonésia foram responsáveis por 46% do desmatamento de florestas tropicais no mundo em 2018. O percentual é bem menor que o revelado pelo relatório de 2002, que mostrou que só esses dois países foram responsáveis por 71% das perdas de árvores tropiciais.

Embora um pouco da perda de 2018 possa ser atribuída a incêndios, a maioria parece ser devido ao corte de árvores na Amazônia, colocando em risco os declínios de desmatamento que o país alcançou no início dos anos 2000. O Global Forest Wacth destaca que várias áreas de florestas desmatadas em 2018 ficam próximas ou dentro de territórios indígenas. A reserva Ituna Itata, que abriga índios isolados, perdeu mais de 4 mil hectares em decorrência de exploração ilegal de madeira.

Centenas de países, entre eles o Brasil, e empresas assumiram compromisso de reduzir ou eliminar o desmatamento até 2020. Relatórios preliminares e a alta taxa de perda de floresta primária em 2018 sugerem que não estamos no caminho certo para alcançar esses objetivos. Devido à urgência em evitar as mudanças climáticas e a perda irreversível da biodiversidade, precisamos frear o desmatamento, antes que seja tarde demais.

Com o olhar de Francisco, precisamos respeitar e defender a vida da nossa irmã terra.

Fonte: WRI BRASIL

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