Começar por onde, este artigo?
Tantos acontecimentos pessoais, familiares, comunitários, institucionais.
A necessidade de ter o tempo, que inicia e o tempo, que termina: a necessidade do calendário.
É mesmo necessário o calendário?
Pronto: começo motivado por essa pergunta.
Sim, é necessário o calendário porque necessário é o tempo.
O tempo, não o tenho como marcha inexorável do alvorecer para o decair.
Também não o tenho, o tempo, como o percurso da fatalidade, quando o existir é o mero suceder do que já está determinado.
O tempo, no acontecer dos dias, é a possibilidade real do ser além do que se é, portanto o tempo não nos imobiliza, mas impele-nos à contínua descoberta.
O tempo, então, convida-nos a sonhar porque o sonho é a oportunidade concreta do existir.
Sonhar é realizar. O tempo nas mutações corpóreas ele, o tempo, é o caminho do aprendizado.
Aprender o quê, ou para que, perguntará o cético, que é aquele que assim o é por desdenhar do tempo, quando os limites mentais e físicos afloram, e definhamos?
Ora, justamente porque há o tempo, mulheres e homens movimentam-se em ciclos, e os ciclos da existência humana são plenos de sentido não só para o ser em si, como para o ser com os outros, desde que, e justo porque são ciclos concatenados, tudo se ponha em abrir-se ao aprendizado que a etapa anterior sempre propicia à etapa seguinte.
Aprender, não importam as vicissitudes que experimentamos porque, se aprendemos, elas não nos dominarão, é compreender o tempo.
O Deus-Amor, porque nos ama, e não há medida do amor divino por nós, porque nos deu a conhecer tudo sobre Ele próprio (Jo. 15, 15), percorreu, Ele também, o tempo.
O dia 25 de dezembro, já tão próximo, é a linda celebração do Eterno que, ao nascer, se inseriu no tempo, como que a nos dizer que o tempo, por mais diminuto que seja, já completa o existir porque o tempo é a impossibilidade do nada.
Proveitoso Tempo de Natal a todas e a todos.
By Blog do Claudio Fonteles .
Fonte: http://www.claudiofonteles.blogspot.com