O 1º de maio de 2020, como todas outras comemorações deste período de quarentena, tem característica diferente dos demais. “Talvez seja a primeira vez na história, desde 1886, que essa data não terá manifestações nas ruas ou romarias”, afirma a Pastoral Operária.
“A memória do dia internacional dos trabalhadores neste ano será em nossas casas, com nossas famílias e nas redes sociais para os que puderem acompanhar. E outros estarão nos postos de trabalho a serviço da vida”, reitera a Pastoral.
Deste modo, a Pastoral Operária Nacional preparou um subsídio para estudo, reflexão, interação na família e nas redes sociais. A Colegiada Nacional da Pastoral escolheu como tema do subsídio “A escravidão dos novos tempos: a precarização do trabalho”.
A temática traz a preocupação com os novos arranjos em torno do trabalho. “A pandemia da Covid-19 acentuou essa questão. Famílias trabalhadoras na informalidade, sem direitos, que estão sobrevivendo graças à solidariedade de outras pessoas. Expôs a ferida aberta do capitalismo, da modernização neoliberal que aplicou reformas no campo do trabalho, que retira direitos da classe trabalhadora“, afirma a Pastoral.
Refletindo o lema “Livrai o explorado da mão do opressor”, a Pastoral espera e acredita que o direito seja restabelecido e a justiça seja a medida. “Todavia, isso é fruto também da luta, da organização, da solidariedade. Quando a classe dos patrões pede o fim do isolamento e o retorno ao trabalho em meio à pandemia, mesmo empresários de grande capital financeiro, significa que eles/as sem nós não geram riquezas“, afirma a Pastoral.
A Pastoral estima que, com o material, as pessoas possam ajudar a construir pensamento crítico, empoderar consciência de classe, provocar novos estilos de vida. “Desejamos que esse seja canal de reflexão para você que o acessa, que discute com outras pessoas, e que possa também nos enviar suas reflexões, percepção sobre o tema, experiência ou o que desejar“.
Fonte: CNBB