Beata Lucia de Caltagirone, 25 de setembro

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Da Terceira Ordem Regular Franciscana (1360-1400), Virgem, em cuja honra Leão X permitiu ofício e missa (04-06-1514).

Lucia nasceu em Caltagirone, na Sicília, pelo ano de 1360. Aproveitou cuidadosamente a educação recebida dos seus piedosos pais, muito devotos de S. Nicolau de Bári, cuja proteção experimentaram várias vezes. Uma ocasião, sendo Luzia ainda menina, subiu a uma figueira para colher figos, quando foi surpreendida por um furioso temporal, acompanhado de granizo e trovoada. Um raio caiu precisamente na árvore onde ela se encontrava, e prostrou-a por terra, sem sentidos. Nesse instante viu em espírito aparecer junto dela um santo ancião, S. Nicolau de Bári, a tomá-la pela mão, a ajudá-la a levantar-se e a ir levá-la a casa.

Com cerca de 13 anos deixou a terra natal na Sicília para seguir uma piedosa irmã terceira franciscana de Salemo. Pouco depois, por morte dessa sua guia espiritual, entrou num convento da TOR, onde se obrigou à prática fiel da regra e de todos os deveres que lhe fossem impostos. Dedicou especial cuidado à penitência, pela qual se comprometera a expiar os pecados da humanidade e a participar mais intimamente nos sofrimentos de Jesus Cristo. Durante algum tempo foi mestra de noviças.

A fama da sua vida exemplar começou a correr mundo, e muita gente ia ter com ela a pedir-lhe orações ou conselhos. Dedicava muito tempo à oração, à meditação e à contemplação dos mistérios celestes. Não deixava de mortificar o seu corpo virginal com flagelações, jejum constante a pão e água, breve repouso para o sono sobre a terra nua. Pessoas nobres acudiam a consultá-la; gente aflita buscava nela consolação; pobres pecadores eram por ela convertidos; fiéis devotos e piedosos saíam de junto dela mais edificados. E Deus avalizava com prodígios a sua vida santa.

Ao chegar aos 40 anos já estava madura para o céu, e a austeridade de vida e os prolongados sofrimentos aceleraram a partida para junto do esposo celestial. No ano de 1400, a humilde Terceira Regular Franciscana foi unir-se ao coro das Virgens incumbidas de seguir o Divino Cordeiro.

Depois da morte foi pródiga em milagres, e o culto e veneração que o povo de Salemo começou logo a prestar-lhe, foi-se estendendo para outras regiões vizinhas, até que em 4 de junho de 1514 o papa Leão X ratificou esse culto, permitindo celebração litúrgica de ofício divino e missa em sua honra.

Disponível em: Província Santa Cruz

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