Um homem como todos, um indefeso em poder de todos, assim o descreve o sucinto relato do Evangelho. Vemos Jesus como uma vítima da intolerância e da injustiça, um amotinador ou, quando muito, um sacrificado pelos seus, por um falaz cálculo político. Mas isso não bastaria para fazer dele um salvador. O que resgata sua morte, o que transfigura – é o imenso peso do amor com que faz o dom de sua vida, para libertar-nos da violência e do ódio, do fanatismo e do medo, do orgulho e da auto-suficiência; para tornar-nos – como ele- disponíveis para Deus e para os outros, capazes de amar e perdoar, de ter confiança e reconstruir, de crer no homem ultrapassando as aparências e as deformações.
Inspirado no Missal Dominical da Paulus, p. 250
Filipenses
Jesus Cristo, existindo na condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual os homens. Encontrado em aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte de cruz (2, 6-8).
Associando nossos passos ou passos do Senhor
Vinde, subamos juntos ao monte das Oliveiras e corramos ao encontro de Cristo que hoje volta de Betânia e se encaminha voluntariamente para aquela venerável e santa Paixão, a fim de realizar o mistério de nossa salvação (…).
O Senhor vem, mas não rodeado de pompa, como se fosse conquistar a glória. Ele não discutirá, diz a Escritura, nem gritará, e ninguém ouvirá sua voz. Pelo contrário, será manso e humilde e se apresentará com vestes pobres e aparência modesta (…).
Acompanhemos o Senhor que corre apressadamente para sua Paixão e imitemos os que foram ao seu encontro. Não para estendermos à sua frente, ramos de oliveira ou de palma, tapetes ou mantos, mas para nos prostrarmos a seus pés, com humildade e retidão de espirito a fim de recebermos o Verbo de Deus que se aproxima, e acolhermos aquele que luar algum pode conter.
Santo André de Creta, Liturgia das Horas II, p. 366-367
Fonte: Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil