Em tempos de Pandemia, Ousar a Esperança – Laudato Si

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Esperançar é a atitude a se tomar neste tempo de pandemia, escreve a antropóloga Moema Miranda, em artigo sob a ótica da Encíclica Laudato Si. Ela escreve que a pandemia do novo coronavírus é “parte de um processo mais amplo, vinculado a atitude de grupos humanos em relação a outros humanos e ao planeta, … intensificando os riscos de “caos sistêmico” ou o que os ambientalistas têm chamado de “tempestade perfeita”. Portanto o momento exige “disputar o futuro, ampliar a solidariedade e ousar imaginar um mundo que não seja governado pela máquina de Manon, o “deus dinheiro”.

Moema* é assessora da Comissão Especial de Ecologia Integral e Mineração da CNBB e da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil. O artigo foi publicado pelo Conselho Nacional do Laicato do Brasil, 15-04-2020

Eis o artigo.

Em Tempos de Pandemia Ousar a Esperança:
Crise Socioambiental na ótica de Laudato Si

Estamos assistindo ao nascimento de um novo mundo. Nos primeiros anos do século XXI, esta poderia ter sido uma boa nova. Quando movimentos e organizações altermundialistas criaram o Fórum Social Mundial, em 2001, afirmaram: “outro mundo é possível”. Era, sem dúvida, um lema apocalíptico essencialmente utópico. Anunciava a confiança de que o fim do mundo dominado pela lógica ecocida do Mercado, subordinado às políticas neoliberais e a serviço do enriquecimento de poucos, poderia abrir o futuro para um mundo de mais justiça e equidade. “Um novo céu e uma nova terra” (Ap 20,1), como tinham sido anunciados e desejados por João, em Patnos, quase dois milênios antes.

Mas agora, a pandemia do novo coronavírus SARS-CoV2 (COVID-19), a primeira do século XXI, revela e anuncia a possibilidade de que o futuro pós-pandêmico seja, como disse recentemente o Papa Francisco, “trágico e doloroso”. Nestes tempos tão inéditos e traumatizantes, comemoramos 5 anos da publicação da Encíclica Laudato Si, um dos documentos mais importantes do pontificado de Francisco, com impactos para além da Igreja. Muitos dos aspectos socioambientais que a pandemia revela foram analisados em profundidade naquele documento profético. Da mesma forma, uma ótica, uma leitura do que está e estava em jogo nas grandes disputas planetárias foi elaborada com clareza. Finalmente, e mais importante, ao falar da Encíclica, muitas vezes, o Papa disse: “não deixem que nos roubem a esperança”. Isto é, não deixemos de acreditar e lutar para que surja um mundo melhor.

O futuro ainda não está decidido! Nós estamos, agora, em plena disputa. Somos parte dela! As forças de destruição detêm um poder imenso. As desigualdades brutais fazem com que seja uma guerra extremamente desleal e injusta. Por isto, com a coragem das mulheres aos pés da Cruz, temos que olhar com profundidade para os desafios e os riscos e ousar negar a ordem do capital. Com a gentileza e a coragem dos que caminham na noite escura, desobedecer ao poder da morte. Neste pequeno artigo, escrito em tempos de pandemia, com muita humildade, gostaria de compartilhar algumas propostas e perspectivas inspiradas na releitura desta Encíclica de Louvor ao Deus da Vida. Parto da seguinte questão: como atuar para que as expectativas apocalípticas, a “revolução cultural” (LS§114) de que nos falava a Laudato Si, venham a se tornar fonte de “vida e vida em abundância” (Jo 10,10) nos tempos pós-pandêmicos?

I. olhar…

Embora muitas pessoas e governos tenham sido surpreendidos pela rápida e letal expansão da contaminação por Covid 19, epidemiologistas alertavam para esta possibilidade há algumas décadas. Não foram ouvidos. Sua mensagem caiu na rede dos negacionistas, tão fortalecida nas últimas décadas, quando a “verdade” parece ter perdido o sentido de realidade. Aconteceu o mesmo com os abundantes e conclusivos Relatórios que indicam o aquecimento global, com efeitos irreversíveis: foram ignorados, desqualificados e/ou desdenhados por governos e por organismos multilaterais, cada vez mais despudoradamente dominados pelos interesses das grandes fortunas. Como agora sabemos, este pequeno vírus se alastra entre os humanos, partindo de outros animais e tornando-se uma pandemia em conseqüência da devastação ambiental e da extinção em massa de outras espécies animais que ocorre na Terra desde meados do século XX. Um planeta no qual uma pequena minoria de humanos, com base na “tecnociência” (LS §107), no poder bélico e em uma “concepção mágica do Mercado” (LS§190) busca incansavelmente o “desenvolvimento e progresso” entendidos como acúmulo ilimitado de bens. Uma forma de produção, acumulação, concentração e desperdício que caracterizam o que o Papa Francisco, define como uma “economia que mata”.

Assim, explica um escritor especializado em temas epidemiológicos:

“Estas são doenças zoonóticas, ou seja, que passam de animais não humanos para os humanos. Elas são novas para humanos. Esta é uma das razões pelas quais geralmente são tão devastadoras para nós. Qual é a razão inicial para isso? Trata-se de um evento que chamamos de transbordamento [spillover]: quando o vírus passa de um animal para o seu primeiro hospedeiro humano. Isso acontece em áreas com grande degradação ambiental. Ambientes ricos em diversidade biológica, com muitos tipos de plantas, animais, fungos, bactérias, são também lugares que abrigam muitos vírus. Eles vivem ali, sem serem notados, ao longo dos milhões de anos sem causar qualquer doença, até que de repente passam para os humanos. E quando há degradação ambiental, significa que estamos interferindo naquele ecossistema. Estamos cortando árvores, construindo assentamentos, abrindo garimpos. (…) Então há todos os tipos de perturbação na vida selvagem, na biodiversidade, que afinal contém uma grande variedade de vírus. Quando realizamos estes tipos de interferências, estamos convidando vírus para que se tornem nossos vírus, para que eles pulem para dentro de nós. Para nós, é uma situação miserável, é uma pandemia, é a morte. Mas para eles é sucesso! E acontece por conta da perturbação ambiental, a degradação ambiental de lugares que naturalmente abrigam muitos e muitos vírus.”

Os vírus, portanto, não são inimigos de ninguém. Todas as metáforas de guerra que têm sido empregadas por governos e autoridades públicas são desastrosas e dificultam nossa compreensão da dinâmica complexa que a realidade do Coronavírus nos revela. Nós não estamos “sendo atacados por um inimigo invisível.” Estamos vivendo há décadas em desequilíbrio com as outras espécies que co-habitam o planeta; estamos devastando ecossistemas; emitindo uma quantidade imensa de gases de efeitos estufa; aquecendo a atmosfera e os oceanos; perfurando as entranhas da terra para extrair minérios e óleos; enchendo de venenos e agrotóxicos todos os biomas; desmatando em proporções inauditas; devastando a Amazônia de tal forma que o risco de destruição da floresta é eminente, com conseqüências para todo o planeta. Tudo isto, ainda mais intensamente no século XXI, mesmo depois de todos os xamãs, os povos indígenas, as comunidades tradicionais, os cientistas e o Papa terem dado alertas, avisos e denunciado que estamos devastando as condições para a vida no planeta. Todos estes são efeitos ao mesmo tempo sociais e “naturais” das ações de grupos humanos, poderosos, sobre o Planeta Terra. Não há vingança de Deus, não há intencionalidade perversa do vírus. Existem conseqüências sistêmicas de atos e de escolhas conscientes e racionais. Por isto, a Laudato Si é clara ao afirmar que não vivemos duas crises separadas, uma ambiental e outra social, mas “uma complexa crise socioambiental”. (§139)

A pandemia, portanto, ao ser parte de um processo mais amplo, vinculado a atitude de grupos humanos em relação a outros humanos e ao planeta, acontece em uma teia densa e complexa de relações socioambientais, intensificando os riscos de “caos sistêmico” ou o que os ambientalistas têm chamado de “tempestade perfeita”. A intrínseca articulação de processos que víamos como distintos e separados, ou seja, a conexão entre a História Humana e a vida do planeta, o Sistema Terra, é uma das ideias centrais da Encíclica: “tudo está intimamente interligado”. A Terra não é um cenário inerte, dócil e disponível para ser explorada, subordinada, dominada, comprada e vendida. Não! A Terra, “mãe e irmã”, é matriz da Vida e é Vida. Organismo vivo e vivente. Embora tenhamos nos “esquecido”, é urgente relembrar que “nós mesmos somos terra (cf. Gn 2, 7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos.” (LS §2).

Por isto, na Praça São Pedro vazia, o Papa indagou com profundidade: “como podemos estar saudáveis em um planeta doente?” É vital, portanto, que superemos a visão clássica da Modernidade, o “mito da dignidade exclusiva da natureza humana” (Levi Strauss. Antropologia Estrutural dois. São Paulo: Cosac Naify). Na Encíclica, o Papa com coragem reconhece a responsabilidade cristã para o fomento deste mito, ao sustentar um “antropocentrismo despótico” (LS§68, entre outros), baseado em “dualismos combalidos” (LS§98). Mas afirma a urgência de novas hermenêuticas, que nos ajudem a reconstruir os laços da “estupenda comunhão universal. O crente contempla o mundo, não como alguém que está fora dele, mas dentro, reconhecendo os laços com que o Pai nos uniu a todos os seres.” (LS§190)

Como parte constitutiva desta “complexa crise”, uma doença que se espalha globalmente evidencia a brutalidade das desigualdades estruturais, ampliadas nas últimas décadas. A situação é tão séria que um Editorial do Financial Times, jornal britânico insuspeito de vínculos com as forças populares, reconheceu em 3 de abril:

“Os isolamentos econômicos estão impondo o maior custo àqueles que já se encontram em pior situação. Durante a noite, perderam-se milhões de empregos e de meios de subsistência nos setores da hotelaria, do lazer e correlatos, enquanto os trabalhadores intelectuais mais bem pagos enfrentam freqüentemente apenas o incômodo de trabalhar a partir de casa. Pior ainda, os trabalhadores com baixos salários que ainda podem trabalhar estão freqüentemente arriscando a vida – como prestadores de cuidados e trabalhadores de apoio à saúde, mas também como empilhadores de prateleiras, motoristas de entregas e faxineiros.”

As conseqüências deste período de “quarentena” da economia capitalista, no entanto, não afetarão apenas os mais pobres, embora eles sejam vítimas sacrificais. A nova ordem econômica certamente será marcada por uma disputa bélica brutal por hegemonia e pelos chamados “recursos naturais” entre China e Estada Unidos. Os alinhamentos dos governos de extrema direita da América Latina aos interesses americanos, do qual o Brasil é o exemplo mais dramático e extremo, indicam o aumento dos riscos de guerra e militarização no pós-pandemia. Olhemos com atenção para o que acontece a nossos vizinhos venezuelanos.

Portanto, o fracasso do neoliberalismo – evidente neste momento – pode engendrar um tipo ainda mais letal de capitalismo. E assim será se deixarmos por conta dos donos do mundo o cuidado do futuro. Como nos alerta o Papa: “será realista esperar que quem está obcecado com a maximização dos lucros se detenha a considerar os efeitos ambientais que deixará às próximas gerações?” (LS§190)

II. Esperançar…

Mas, com todas estas notícias péssimas – que ainda poderiam ser multiplicadas – como não desanimar? Acho que o fator que nos inspira a fortalecer a teimosa resistência dos pequenos e a rebeldia apocalíptica milenar é que parou/desacelerou a ação/destruição do “moinho satânico” da produção/circulação da economia mundo, a “economia de Mercado”, ao menos por um pequeno momento. Uma efêmera quarentena. Mas parou. Desacelerou. Isto sim era inimaginável! E o inimaginável aconteceu: fábricas fecharam, estradas ficaram vazias, as emissões de gases de efeito estufa diminuíram, governos de direita falam de programas de renda mínima e da importância da saúde pública.

Não acho que uma crise da dimensão que atravessamos nesta noite escura, com milhares de mortos, possa ser entendida como “oportunidade”. Não acho que temos direito à inocência. Mas temos que disputar o futuro, ampliar a solidariedade e ousar imaginar um mundo que não seja governado pela máquina de Manon, o “deus dinheiro”. E temos que sonhar já, imaginar agora, nesta breve quarentena em que o inimaginável aconteceu. Se é verdade, por um lado, que os governos travam uma luta egoísta por respiradores e máscaras, revelando a face mais cruel da humanidade, por outro vemos infinitas iniciativas espontâneas de solidariedade em todas as cidades afetadas pela pandemia, pessoas que arriscam a vida para ajudar, apoiar, socorrer. Foi assim sempre, em todos os desastres e catástrofes. Eles liberam uma tremenda energia solidária, aquele sentido humano de pertença, empatia, compaixão e amizade que séculos de capitalismo não foram capazes de dizimar, por mais que o individualismo seja cultuado, imposto, ensinado. Resta ali, a brasa incandescente do amor que, muito rapidamente pode ser apagada. Mas é dela que temos que nos valer para imaginar e disputar outros futuros possíveis. Mundos não distópicos.

Assim, acho que podemos caminhar, peregrinos, inspirados pela Laudato Sí, em algumas veredas que se combinam:

1. Ampliar nossa leitura crítica da realidade que vivemos. Aprofundar e complexificar nosso olhar. Na Encíclica o Papa dá exemplo de imensa capacidade de diálogo, que reaproxima ciência e fé; saber popular e saber erudito; prosa e poesia. Precisamos construir uma compreensão complexa e socioambiental em cada um dos nossos lugares. Com nos diz a Encíclica: “é necessário recorrer (…) às diversas riquezas culturais dos povos, à arte e à poesia, à vida interior e à espiritualidade. Se quisermos, de verdade, construir uma ecologia que nos permita reparar tudo o que temos destruído então nenhum ramo das ciências e nenhuma forma de sabedoria pode ser transcurada, nem sequer a sabedoria religiosa com a sua linguagem própria.” (LS§63). O mal é terrível e, em geral, temos a tentação de desviar o olhar. De deixar de lado. De pensar que somos fracos e pequenos e não podemos nada fazer. Mas precisamos da coragem das mulheres no Calvário para olhar e olhar bem fundo.

2. Fortalecer e ampliar todas as comunidades eclesiais de base, todos os grupos de solidariedade, de vizinhança, de proximidade. Eles serão essenciais não apenas durante a pandemia para ajudar a cuidar dos doentes, alimentar os que têm fome, socorrer as mulheres e crianças vítimas de violência doméstica e acompanhar os solitários, para rezar com e pelos que não tem quem reze por e com eles. Os grupos de solidariedade serão fundamentais na situação de empobrecimento e desemprego que virá já, já. Ninguém deveria ficar sozinho agora! Em casa sim, sempre que possível. Abandonado, não! A Encíclica nos fala da relevância das relações de proximidade, uma vez que a construção de alternativas ao mundo dominado pelo “interesses do Mercado”, “requer constantemente o protagonismo dos atores sociais locais a partir da sua própria cultura.” (LS§144)

3. Tanto quanto possível acompanhar as políticas públicas, as disputas entre os governos, as ações do presidente, dos governadores: denunciar, bater panela, exercer e inventar novas formas de vigilância cidadã. Mesmo sendo difícil, não podemos deixar as esferas públicas apenas para os psicopatas e perversos. Prestar atenção e denunciar o que acontece nos espaços mais vulneráveis à ação predatória do Estado: os desmatamentos, a ação das mineradoras e dos garimpeiros. Afirma a Encíclica, reconhecendo esta dificuldade e urgência: “A grandeza política mostra-se quando, em momentos difíceis, se trabalha com base em grandes princípios e pensando no bem comum à longo prazo. O poder político tem muita dificuldade em assumir este dever num projeto de nação.” (LS§178)

4. O que menos temos feito e que é essencial agora – já que sabemos que não existe mais o normal que deixamos antes da pandemia – é imaginar outro mundo, melhor! Um mundo que queremos construir. Viveremos – querendo ou não – um “novo normal”. Com riscos socioambientais crescentes. Uma Terra mais afetada, mais quente, mais hostil e mais militarizada. Mas o futuro está em disputa. Ainda! A Encíclica, ao se dispor a ouvir de perto o “clamor da Terra e dos pobres”, estimula uma imaginação e uma espiritualidade abertas ao sopro do Espírito, em seu sentido mais encarnado e comprometido. Como disse o Papa recentemente, “Deus ama o mundo mais do que qualquer um de nós”! A inspiração e a confiança neste Amor que inunda a Criação, que está presente em todas as criaturas, que liga humanos e não humanos, é a força gentil e frágil que pode nos salvar. Salvar não da ira de Deus, mas, “sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo” (LS§79)! “O universo desenvolve-se em Deus, que o preenche completamente. E, portanto, há um mistério a contemplar numa folha, numa vereda, no orvalho, no rosto do pobre.” (LS§233). Esta é uma sabedoria e uma espiritualidade profunda e antiguíssima, muitas vezes soterrada em nossas Igrejas. Santos, santas e místicos de todas as religiões cantaram este amor a toda a Criação. Dom Helder nos lembrava, “nós vivemos em Deus”! A espiritualidade dos povos ancestrais, dos indígenas e dos afrodescendentes tem tanto, tanto a nos ensinar! Os livros apocalípticos, já no Antigo Testamento, nos inspiram a imaginar e a construir a comunhão entre humanos e não-humanos, o Reino de Deus: um mundo de paz. “Que a terra bendiga ao Senhor” (Dn 3, 74), que todos os seres criados, céus, montanhas, rios, orvalho, chuva, sereno e todos nós, de “corações puros e humildes” (Dn 3,87), bendigamos em uníssono ao Senhor. E que vivamos em harmonia!

Há alguns dias um filósofo francês propôs um “exercício” que pode estimular nossa rebeldia. Deixo aqui como proposta para nós!

“Aproveitemos a suspensão forçada da maior parte das atividades para fazer um inventário daquelas que gostaríamos que não fossem retomadas e daquelas que, pelo contrário, gostaríamos que fossem ampliadas. Responda às seguintes perguntas, primeiro individualmente e depois coletivamente:

1ª pergunta: Quais as atividades agora suspensas que você gostaria de que não fossem retomadas?
2ª pergunta: Descreva por que essa atividade lhe parece prejudicial / supérflua / perigosa / sem sentido e de que forma o seu desaparecimento / suspensão / substituição tornaria outras atividades que você prefere mais fáceis / pertinentes.
3ª pergunta: Que medidas você sugere para facilitar a transição para outras atividades daqueles trabalhadores /empregados / agentes / empresários que não poderão mais continuar nas atividades que você está suprimindo?
4ª pergunta: Quais as atividades agora suspensas que você gostaria que fossem ampliadas / retomadas ou mesmo criadas a partir do zero?
5ª pergunta: Descreva por que essa atividade lhe parece positiva e como ela torna outras atividades que você prefere mais fáceis / harmoniosas / pertinentes e ajuda a combater aquelas que você considera desfavoráveis. (Faça um parágrafo separado para cada uma das respostas listadas na pergunta 4).
6ª pergunta: Que medidas você sugere para ajudar os trabalhadores / empregados / agentes / empresários a adquirir as capacidades / meios / receitas / instrumentos para retomar / desenvolver / criar esta atividade?”

Ousemos, com gentileza e amor, sonhar e disputar com o poder do capital o futuro pós-padêmico! Nós não estamos sós. “Ele Ressuscitou! E vai à vossa frente.” (Mc16, 6-7)


*Moema Miranda é Antropóloga pelo Programa de Pós Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional / UFRJ (PPGAS/UFRJ) é assessora da Comissão Especial para a Ecologia Integral e Mineração da CNBB da CNBB, e da da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil; secretária executiva da Rede Latinoamericana de Igrejas e Mineração pertence a Ordem Francisca Secular membro da equipe executiva do Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia/SINFRAJUPE. Participou, como auditora, do Sínodo da Amazônia.

Fonte: Blog Fala Chico

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