Os sinos batem pelo clima nesta sexta

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O Movimento Católico pelo Clima pede um gesto simples das igrejas católicas e cristãs nesta sexta-feira, dia 20 de setembro: Soem os sinos durante a tarde em defesa do clima. As igrejas devem soar os sinos por cinco minutos durante as greves da juventude pelo clima no dia 20 de setembro, repetidas em intervalos de 50 batidas, simbolizando que até 2050 nosso planeta estará salvo, quando nos reuniremos novamente para celebrar a nossa transição para economias limpas.

Essa iniciativa tem como objetivo apoiar a Cúpula Mundial de Ação Climática, no próximo dia 23 de setembro, convocada pelo Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres. O mundo tem dois anos para tomar medidas contra as mudanças climáticas e evitar enfrentar sérios problemas em todo o planeta, disse Guterres, convidando a sociedade civil a “exigir responsabilidades” aos líderes mundiais por sua atitude em relação às políticas climáticas. “Se não mudarmos de direção até 2020, corremos o risco de consequências desastrosas para os seres humanos e para os sistemas naturais que nos sustentam”, ele acrescentou.

Para o Movimento, esta ação constituirá um forte sinal, soando o alarme para a emergência climática como declarado pela Santa Sé. “Acreditamos que, ao soar os sinos nas cidades em que milhares de estudantes vão marchar, uma poderosa mensagem será transmitida ao mundo. Os sinos servirão também como um grande incentivo aos estudantes engajados e delineará inquestionável liderança da Igreja na luta contra as mudanças climáticas”, acredita o Movimento Católico.

A cúpula acontece num contexto de grandes mobilizações. Durante a semana, entre os dias 20 e 27 de setembro, milhares de organizações que lutam pelo ambiente e justiça social somarão esforços em ações planejadas em grandes cidades por todo mundo. Grandes marchas e greves estão preparadas em Roma, Nova Iorque, Berlim, Paris, Varsóvia, Santiago do Chile, Rio de Janeiro, São Paulo, Manaus entre outras. Esta é a hora de lembrar ao mundo a poderosa mensagem da encíclica Laudato Si’ e como ela serviu de inspiração para milhões de pessoas durante a Conferência sobre as Mudanças Climáticas (COP21) em 2015.

Para Frei Diego Melo, animador provincial da Justiça, Paz e Integridade da Criação, a importância dessa ação é demonstrar a nossa comunhão com uma ação global dos movimentos católicos pelo clima e “mostrar o quanto a Igreja está atenta a essas questões da ecologia integral e a questões do cuidado da nossa Casa Comum, principalmente nós, franciscanos, temos que assumir isso como uma missão nossa”, avalia o frade.

O soar dos sinos acompanhará os estudantes e capturará a atenção dos meios de comunicação, tornando-se um dos pontos de atenção da mídia nesta jornada. Carregará uma mensagem poderosa, não apenas clamando por ações dos líderes mundiais que se reunirão no dia 23, mas será também um forte sinal de solidariedade e apoio à juventude organizando essas grandes mobilizações.

“Manter o aquecimento do nosso planeta abaixo de dois graus é essencial para a prosperidade global, para o bem-estar das pessoas e para a segurança. Por esta razão, em setembro de 2019, convocarei uma cúpula sobre o clima para colocar a ação ao topo da agenda internacional”, afirma Guterres.

Desde a sua fundação, o Movimento Católico Global pelo Clima enfatizou os passos populares na abordagem das mudanças climáticas pelos católicos, seja como indivíduos ou dentro de suas comunidades locais. O movimento também participou de grandes manifestações e marchas organizadas pela 350.org e por outras organizações de defesa do clima.

O sentimento de “ações locais” se redobrou após a eleição de novembro do presidente Donald Trump, que prometeu reverter as políticas climáticas do país. Ao assumir a presidência, ele solicitou uma revisão do Plano de Energia Limpa e procurou reformular a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, propondo grandes cortes no orçamento e enfatizando apenas ar limpo e água limpa. Mais recentemente, Trump anunciou que pretende retirar os EUA do Acordo de Paris, que efetivamente cortaria a implementação da compromisso do país em nível federal.

Para mais informações, entre em contato:

Movimento Católico Global pelo Clima: Gabriel Lopez Santamaria (gabriel@catholicclimatemovement.global) e Christina Leano (christina@catholicclimatemovement.global)

Fonte: Vatican News

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