Sacerdote da Primeira Ordem (1814-1885). Fundador das Filhas de Santa Isabel. Beatificado por São João Paulo II em 1993 e canonizado pelo Papa Francisco em 2014.
Luís nasceu em 11 de março de 1814 em Casoria (Nápoles), filho de Vicente e Palmentieri Candida Zegna, uma família muito humilde. Logo cedo se interessou pela vida religiosa e, em 1832, foi recebido na Ordem dos Frades Menores. Enviado como noviço a Lauro, perto de Nola, permaneceu ali até sua ordenação. Em 1841 foi pedido a ele o ensino da Filosofia, matemática, física e química. Enquanto orava na igreja de San José dei Ruffi em Nápoles, ele desmaiou, caindo no chão inconsciente. Posteriormente, dedicou-se às mais variadas obras sociais e caritativas. Instituiu uma enfermaria e uma farmácia para os franciscanos pacientes. Ele se dedicou à divulgação da Ordem Terceira em Campania e dizia: “A Ordem Terceira sem uma obra de caridade, não me agrada nem a desejo.”
Em 1854, o genovês padre Juan Bautista Olivieri o inspirou com o trabalho destinado a resgatar e formar cristãmente as crianças negras africanas, vendidas como escravas. A esta obra dedicou Luis com entusiasmo apaixonado e começou a acolher em 8 de novembro de 1854 no convento que morava, na chamada Escudillo de Palma, os dois primeiros negros encomendados pelo P. Olivieri, que os educou em casa, obtendo resultados animadores. Esta primeira experiência levou Luis a promover o envio de missionários para a África, porque “a África deve converter a África.” Em agosto de 1856 em La Palma, Luis conheceu nove crianças negras, dos quais cinco foram batizadas pelo cardeal de Nápoles. Em 09 de abril de 1857, ele embarcou para o Cairo, visitou os lugares santos e voltou para Alexandria com 12 outras crianças negras. Esta pequena família de futuros missionários cresceu tanto que em 1858 já eram 38 e em 1859 eram 45 e, em seguida, chegou a 64.
Igual projeto realizou Luís para as meninas negras. Com a ajuda de Anna Maria Santíssima Lapini, fundadora da Irmãs Stigmatinas, fundou uma escola para negras em Florença e outro em Capodimonte, em Nápoles. Em 1864, em Nápoles, fundou uma academia de religião e ciência, que ganhou o apoio de escritores ilustres. Ele fundou também o jornal “La Caritá”. Estes esforços generosos atraiu a admiração de muitos, inclusive anticlericais e foi condecorado com a Cruz da Ordem do Santos Maurício e Lázaro.
Também promoveu numerosas obras de caridade para órfãos, surdos, deficientes e doentes em geral. Fundou vários institutos que se baseavam principalmente em duas congregações fundadas por ele: os terceiros franciscanos regulares, chamados Frati Bigi da caridade, e a Congregação da Irmãs Bigie ou Elisabetinas para as mulheres. Para a residência de seus missionários obteve da Congregação de Propaganda e Fé a estação africana de Scellal, onde esteve pessoalmente e tomou posse em 12 de novembro de 1875.
Encomendou aos seus Frati Bigi a obra de educar os jovens negros. Ele então se dedicou com maior intensidade à vida espiritual de oração e íntima união com Deus que sempre conseguiu conciliar com o seu apostolado de caridade maravilhoso. Cansado e triste com algumas dificuldades em seu trabalho evangélico, a morte o surpreendeu aos 71 anos, na manhã de 30 de março de 1885. Seu corpo repousa no hospício de Posillipo. Sua memória é celebrada no dia 30 de março.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.