Mulheres que acolhem e escutam as gestantes

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Ouvir e acolher é promover a dignidade de cada pessoa. Neste Dia Internacional da Mulher, conheça o grupo de voluntariado da Pastoral da Escuta, que, com auxílio da MTA, atuou por mais de 15 anos no Hospital Maternidade Amparo Maternal, em São Paulo/SP.

Como tudo começou

Valéria Lorenzi de Azevedo* – No ano de 2003, quando iniciei meu apostolado como missionária na Campanha da Mãe Peregrina, na Região Sé, Setor Jardins (São Paulo/SP), a coordenadora da Paróquia São Dimas, Maria Thereza, me convidou para fazer parte de um grupo que ela estava montando. Este grupo tinha a finalidade de ajudar as mães e gestantes que procuravam abrigo, no Centro de Acolhida do Amparo Maternal.

Para quem não conhece o Amparo Maternal, uma breve explicação: foi fundado por Irmãs Franciscanas em 1939, e elas acolhiam gestantes e mães solteiras que não tinham para onde ir. Na casa da Vila Clementino, davam toda assistência as essas mulheres carentes e a seus filhos recém-nascidos.

Com esse breve relato, continuo a trajetória do grupo Pastoral da Escuta; o grupo começou com 4 voluntárias e atendíamos as mães e gestantes em suas necessidades no corredor dos quartos do Centro de Acolhida. Lá ensinávamos a dar banho, trocar o bebê, técnicas de amamentação e principalmente, como o nome diz, ajudávamos estas mulheres que apresentavam tantas dúvidas, tristezas e angústias.

 

Alimentar a esperança

O grupo foi crescendo e chegamos a 10 voluntárias que toda semana doavam uma manhã para realizar este trabalho. Nesta época, já atendíamos em uma pequena sala que nos foi presenteada pela diretora da instituição.

Também dávamos uma base religiosa com pequenas reflexões e Adoração ao Santíssimo Sacramento, na pequena Capela da instituição, e mesmo que nem todas as acolhidas fossem católicas, elas gostavam e participavam, e muitas delas se converteram ao catolicismo.

 

 

Nosso trabalho tinha como objetivo vivenciar o amor ao próximo, alimentando a fé e a esperança na promoção da pessoa e da família. Divulgar e orientar as condutas básicas de saúde, incentivar o aleitamento materno e dar orientações corretas. Esclarecer sobre os danos físicos, espirituais e morais da prática do aborto.

 

Sustentadas pela MTA

Sempre sustentadas pela fé e pela companhia de nossa querida Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, trabalhamos por mais de 15 anos no Centro de Acolhida, atendendo a tantas demandas destas mães, gestantes e bebês que chegavam das ruas de São Paulo, de outras cidades e até de outros países.

O Centro de Acolhida recebeu com muita alegria a visita da Peregrina Auxiliar da Região Ipiranga. Ir. Marcia Maria a levou e foi uma grande benção. Também a Liga das Mães fez uma visita ao centro, o que causou grande alegria às mães e às gestantes, que participaram de dinâmicas e orações e, como não poderia faltar, ganharam pequenos mimos.

 

 

Meu trabalho na Pastoral da Escuta sempre andou junto com meu apostolado em Schoenstatt. Primeiro como missionária, a seguir fazendo parte da Liga das Mães, a pedagogia de Schoenstatt sempre deu muita sustentação nesta doação a esse lindo trabalho e devo dizer que não só para mim, mas para todo grupo que foi formado por mulheres fervorosas e que também trabalhavam, e algumas ainda trabalham, como Missionárias da Mãe Peregrina.

A Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt foi e ainda é nossa Patrona no Grupo da Pastoral da Escuta e deu todo amor e dedicação durante 16 anos. Em cada mulher que atendemos, junto com seus bebês, deixamos sempre o amor de Maria e temos certeza de que até hoje esse amor permanece neles.

Valéria Lorenzi de Azevedo – Liga de Mães de Schoenstatt

Fonte: schoenstatt.org.br

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