Nos Passos de Francisco – Serviço Franciscano

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Nos tempos mais próximos de nós, não existe campo de atividade humana onde os franciscanos não estejam presentes. Diz Francis Borgia Sterk, OFM: “Nos concílios da Igreja e nos Conselhos de Estado, em salas de conferências e laboratórios das universidades, nos campos ensanguentados de batalha, na cabana dos pobres e nos tugúrios da miséria; nas perigosas regiões de cismáticos; entre hereges, idólatras e bárbaros; nos hospitais e patronatos, nos asilos e leprosários, nas penitenciárias e casas de correção, em toda parte, numa palavra, desenvolveram sempre uma atividade profícua que lhes grangeou a maior influência, gravando para sempre o seu nome, como benfeitores do gênero humano, nos anais da imortalidade” (Sterck, Francis Borgia OFM, Figuras Franciscanas, Editorial Franciscana, Braga, 1979, p. 21). Quero destacar aqui, que a reflexão iniciada e continuada, sobre o seguimento dos passos de Francisco, está baseada fundamentalmente nesta obra acima citada.

Os Papas Nicolau IV, Alexandre V, Xisto IV, Xisto V, Clemente XIV, e Júlio II eram franciscanos. Muitos são cardeais, bispos, arcebispos e patriarcas, núncios, penitenciários e pregadores pontifícios, confessores e pregadores de basílicas papais e nos tribunais eclesiásticos. Mas não é o cargo que é importante, mas sim o serviço prestado com fidelidade a Regra e a pregação da Palavra. A pregação sempre foi o ofício principal do jeito franciscano de ser. O povo sempre desejou pregadores que falassem a sua língua, que participassem de seus sofrimentos e alegrias, que fossem simples e despojados, afáveis e acolhedores, que dessem ao povo o que o povo desejava. Desde Bertoldo de Ratisbona (1272) até Rainério Cantalamessa esta pregação é viva e eficaz.

O Breviário Romano, até o século XVI, foi trabalho do franciscano Haymo de Faversham (1243) e a sua reforma feita e publicada em 1535 foi coordenada e idealizado pelo cardeal franciscano Francisco Quiñones (1540). Num Capítulo Geral de 1354 houve a decisão e a introdução da comemoração nominal dos Papas no Cânon da Missa. Muitas coisas relevantes entraram nos costumes rituais da Igreja, as festas, devoções e práticas religiosas nasceram com a influência, o espírito e a iniciativa originária franciscana. Vejamos alguns exemplos: com a expansão do ideal franciscano a partir do século XIII houve um impulso muito grande no culto ao Santíssimo Sacramento. Francisco de Assis tem uma singular devoção apaixonada as sacramento da Eucaristia, que ele vivia de modo pessoal, fraterno e quis que entrasse no coração de todos os povos do ocidente; sob sua influência, os franciscanos promoveram a adoração e a comunhão frequente. Frei Egidio Egidii (1677) em Munster, Alemanha e Frei Valentim Paquay (1905), na Bélgica, pregaram a prática da comunhão frequente e diária que o Papa Pio X recomendou em 1905.

Continua…

Frei Vitorio Mazzuco Filho

Fonte: Carisma Franciscano Blogspot

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